2 de junho de 2009

Opiniões que Marcam

Hoje é bem provável que ao virar da esquina, no shopping, ou no café da manhã, encontre alguém conhecido.



E se isso acontecer, é bem provável que surja a inevitável pergunta:



“Então, como é que isso vai”?



Podendo a resposta ser, provavelmente, qualquer coisa do género:



“Nem sei o que te diga. Mas podia ser pior. Com tanta m… à volta”…



Confesso que quando me fazem a dita pergunta, respondo, muitas vezes ironicamente, “cá vou andando, com a cabeça entre as orelhas”.



Cultivo, e sempre cultivarei intensamente o humor e a descontracção.



Não há um único dia em que não me ria e não mande umas bocas.



Gosto de fazer rir, família, amigos, colegas e clientes e adoro que me façam rir. Mas não sou palhaço (espécie perigosa e em crescimento).



Sinceramente acho que a postura anti rir, é um dos grandes males que caracterizam esta nossa maneira de estar. E isso não faz bem à saúde.


O sentido de humor, é algo que sempre procurei medir em conversas, inclusive, quando entrevistava pessoas para trabalhar comigo em publicidade, chegando mesmo a perguntar aos candidatos, entre outras coisas, se eram bons contadores de anedotas!


Não tenho saco para gente queixosa e macambuzia.


Com cara de relógio parado, como dizia um amigo meu publicitário, muito discreto, mas que de vez em quando mandava umas boas.


Já cansa o discurso, a cassete, a tecla da porcaria da crise, que isto é a ponta do iceberg, etc..etc…


É óbvio que a coisa está cinzenta (estou a ser optimista).


É óbvio que isto anda tudo um bocado “especifico”.


Percebemos que algo, ou muita coisa, mudou e vai mudar, mas na realidade estamos todos um bocado hipnotizados à espera que a mudança chegue, via email ou facebook.


Somos nós, todos, que devemos protagonizar essa mudança. Temos que ser nós, os elementos transformadores deste status quo, em vez de assistirmos tranquilamente na plateia, a ver ou a imaginar um novo filme. O problema, é que não sabemos, se é um thriller, uma comédia, ou um drama.


Por mim, vou mais pela Vida é Bela!


Ou então aquele tipo de filmes, onde havia uns leaders, tipo Mel Gibson, em Braveheart, uma lição de leadership, que envergonha muitos livros de lombada grossa.


Hoje, mais do que nunca, e nesta era de alguma incerteza, precisamos de leaders em emoção, em reconhecimento, em sensibilidade, em partilha, em solidariedade, em justiça.


Aqueles que juntarem a isto, pragmatismo, objectividade, ambição Q.B. visão, capacidade de comunicação e de diálogo, serão os grandes leaders do amanhã…de manhã!


Agora, na actual “conjuntura dinâmica” que se arrasta há décadas, há um ingrediente, uma key word, capaz de fazer toda a diferença:
A CRIATIVIDADE.


E se a receita for temperada com uma boa dose de humor, então teremos um (ou uma) leader muito sério.


E se ainda conseguirmos uma dosezinha de PAIXÃO, aí teremos uma poção mágica poderosíssima, que varrerá o pessimismo da cabeça de muita gente. Bem precisamos.


Talvez seja pedir muito. Mas dum verdadeiro leader ninguém quer uma mini dose.


E se continuarmos à espera que algo aconteça, arriscamo-nos a ser embalsamados pela “conjuntura dinâmica”. Rir um bocadinho todos os dias e noites, pode ser um bom antídoto para o momento.


Um contágio que ajudará a descomprimir e que recriará um ambiente favorável e fértil para que nasçam ideias e vontade de agir.


Esta sociedade está a precisar dum brainstorming a sério!


Que cada um faça o seu papel.


Estas colunas todos os meses, tentam fazer isso.

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