Parece meio estranho este título que escolhi para o artigo, talvez pouco criativo opinarão alguns, mas o facto é que efectivamente para mim nem todos os anúncios brilham… Até aqui, nada de novo, sabemos que há campanhas melhor conseguidas, mais criativas, quer pela simplicidade das promessas que sugerem, quer pela espectacularidade dos cenários que apresentam. Porém, escolhi propositadamente este tema porque convosco quero partilhar, não apenas uma observação que tem a ver unicamente com o meu gosto pessoal, mas um olhar mais atento do ponto de vista de quem é sensível à comunicação no seu todo e dizer-vos que não se trata de um brilho estético, gráfico ou que parte da própria produção artística/publicitária, mas tão só de uma luz que resplandece (pelo menos os publicitários assim nos fazem acreditar) do próprio produto ou serviço em causa.
Tenho reparado por estes dias que as campanhas estão mais luminosas, inundando os nossos ecrãs ora de múltiplas cores, ora de um branco quase transparente, capaz de reflectir tal qual um espelho de água, quer o fundo de oceanos, quer os rasgos de horizontes longínquos projectando imagens maravilhosas de cenas das nossas vidas.
Esta transparência muitas vezes veiculada como um valor ou uma imagem de marca das empresas, pode não fazer tudo (porque ainda que alguns julguem que sim, o marketing não tem propriedades mágicas), mas pode fazer uma grande diferença. E depois se a ela anexarmos um forte tema musical e outros valores mais em voga que vão ao encontro daquilo que são as grandes preocupações da sociedade ocidental contemporânea, podemos ter algumas fórmulas quase perfeitas…sublinho quase porque numa época de crise é difícil convencer o grande público utilizando argumentos que estejam longe das nossas carteiras.
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