Desde há muitos anos que as marcas têm um determinado valor. Talvez desde o momento em que se iniciaram os investimentos publicitários e se entendeu que criar notoriedade e imagem para uma nova marca significava investir muito dinheiro.
Em momentos de crescimento acelerado da economia o valor das marcas é por norma muito alto. A conjuntura é favorável, a marca está a dar dinheiro, continua a crescer (sim, porque as marcas também crescem), enfim, a chamada “bolha” está cheia!
Em momentos em que a “bolha” não está cheia, o valor das marcas cai muito. E será que valem menos? Acho que não! Apenas existe menos vontade por parte dos investidores, instala-se a incerteza, provocando menor procura, logo, menos valorização.
Na minha visão de valorização das marcas este conceito está errado! A valorização das marcas não deve ser interpretada com a mesma lógica da lei da oferta e da procura. A explicação que sustenta esta convicção é muito simples. Uma marca não tem obrigatoriamente uma vida útil limitada, ao contrário da maior parte dos activos. Uma marca poderá no extremo ser eterna.
Ou seja, se já tem notoriedade e imagem apenas necessita de uma boa gestão (naturalmente, com tudo o que isso significa).
No entanto, quantas são as marcas que hoje ainda estão vivas, e mesmo tendo uma notoriedade e imagem alta estão prestes a entrar em colapso? Bastantes! Demais até!
Warren Buffett, tem mantido uma visão de investimento em tempos de crise que não coincide com a prática do mercado. E nessa visão segue algumas máximas que explicam quase tudo e das quais destaco duas; “Desligue-se do Mercado de acções” e “Não deixe a economia incomodar”. Resultado; o Sr. Buffett obteve um retorno anual de 22,3% durante 36 anos.
Conclusão; muitas marcas ainda hoje estão vivas e cheias de saúde, graças a quem segue as máximas acima mencionadas, ou seja, graças a quem tem uma visão a longo prazo da economia.
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