No interior do Alentejo encontramos escondida pelas suas muralhas uma cidade que tem mais de dois mil anos de histórias para nos contar.
A viagem é curta. Pouco mais de uma hora, partindo de Lisboa, leva-nos até uma das cidades que muitos consideram ser um museu a céu aberto. Uma lição de história no interior do norte alentejano que não poderia deixar de ser alvo de mais um Imagens de Marca Regiões.
Eleita pelas cortes e pelas ordens religiosas, Évora foi desde cedo uma cidade marcada pela presença de outros povos. Marcas de culturas ancestrais visíveis a cada esquina, em cada casa, em cada monumento erguido para homenagear quem ao longo de dois mil anos construiu a sua identidade. Desde os romanos, aos árabes passando pelos católicos jesuítas a capital do norte alentejano está recheada de pormenores que cativaram a UNESCO ao nomeá-la Património Cultural da Humanidade em 1986.
Mas é no interior das muralhas que cercam o centro histórico de Évora que se escondem os mais importantes traços da identidade da região.
Uma identidade que ao longo dos anos sob reinventar-se ao passo da modernidade e que hoje é procurada por turistas de todo o mundo. A história, os cheiros, os sabores, as tradições fazem de Évora uma cidade onde o turismo de excelência é hoje um dos grandes objectivos. Mas as entidades de turismo dizem que, hoje, no “Alentejo há mais!”, uma nova campanha de promoção da região que, como não poderia deixar de ser, contempla a “cidade-museu”. Mas como o Alentejo é uma terra de bem-receber, Évora não poderia deixar de contar com novas unidades hoteleiras. A união do moderno ao tradicional que se pode observar no histórico Convento do Espinheiro ou a contemporaneidade do M’ar de Ar Aqueduto fazem desta uma cidade de contrastes.
Pelas ruas contemplamos, também, algumas das artes mais tradicionais do Alentejo. A cerâmica, a cortiça, as madeiras desfilam pelas ruas da cidade encantando turistas e visitantes com as artes e saberes do povo alentejano. As mesmas que nos fizeram viajar às vizinhas Arraiolos e Estremoz que nos deram a conhecer os segredos dos famosos Tapetes de Arraiolos e as cores que contam a história dos Bonecos de Estremoz. Artes tradicionais que nos inspiraram a olhar para Portugal e a ver que nas mãos de pequenos e grandes artesãos continuam a crescer as marcas da nossa identidade.
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