Nos últimos dias e com o aproximar da primeira de três eleições que se vão realizar este ano, tem-se assistido a um debate aceso relativamente à colocação de cartazes políticos nalgumas zonas históricas da cidade de Lisboa, nomeadamente na rotunda do Marquês de Pombal. O debate não é novo e tem sido recorrente em actos eleitorais anteriores.

Parece-me, assim, pertinente esclarecer ou desfazer algumas dúvidas que, eventualmente, possam surgir sobre esta matéria, que pouco ou nada tem a ver com a actividade profissional da comunicação exterior desenvolvida pela JCDecaux ou por outras empresas do sector.

A comunicação exterior, enquanto sector de mercado, é devidamente enquadrada e coordenada a médio e a longo prazo com as Câmaras ou outras entidades que tenham sob a sua responsabilidade a gestão de espaço publicitário. É por isso normal que empresas como a JCDecaux, dotadas de conhecimento e criatividade, e sensíveis à realidade local, sejam também fornecedoras de mobiliário urbano para as cidades.

Pelo contrário, os “outdoors” de campanhas políticas fogem bastante a esta lógica, obedecendo a um enquadramento legislativo muito próprio que vai de encontro à natureza da especificidade de um acto eleitoral. De certa forma, a colocação e a criatividade de um cartaz político não obedece a uma estratégia de enquadramento com o ambiente envolvente. Não será exagero dizer que os cartazes políticos são um produto atípico quando se fala de comunicação exterior.

Embora tratando-se de situações esporádicas, admite-se que estas poderão provocar um potencial ruído visual. Sobretudo, se estivermos a falar num ano em que se vão realizar três eleições.

Gostaria, deste modo, salientar que a comunicação exterior deve ser desenvolvida com criatividade e deve ser adequada à realidade local, porque a JCDecaux está ciente de que o “outdoor” é, cada vez mais, um dos meios de comunicação publicitária de excelência, reconhecido pelas pessoas e pelas marcas.

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