A propósito de uma palestra que assisti num dia destes sobre marketing de guerrilha, em que se debatiam e esboçavam alguns argumentos que justificam a sua eficácia, retive algumas ideias que gostava de partilhar convosco. Desde logo uma primeira que tem a ver exactamente com os resultados positivos que esta ferramenta “alternativa” de promover as marcas tem registado, ou seja é preciso perceber porque é que a par das grandes campanhas nos meios tradicionais as marcas apostam cada vez mais nesta técnica. Neste sentido, o argumento de que o homem moderno / urbano está sujeito a uma quantidade enorme diária de impactos publicitários (que resultará na saturação por parte das audiências) embora seja real, por si só não explica o sucesso da “guerrilha”…

Pela minha parte penso que o inusitado, o insólito, o original, mas sobretudo o ousado, estão na génese do sucesso desta técnica de comunicação (aliada obviamente a baixos custos). Assim sendo penso que não se trata só da criatividade do design ou da proposta da marca, mas antes da forma como nos chega, da forma como ela nos é apresentada. Mais do que conteúdos, trabalham-se performances…As marcas aparecem-nos precisamente nos locais onde à partida não faria sentido aparecerem, nos momentos mais impróprios e com propostas que embora em tudo coerentes com o que se quer vender, nos desafiam, porque nos incluem.

A genialidade quando falamos de comunicação das marcas, como em tudo na vida, tem um lado ousado e aqui como no marketing, quase sempre dá resultado.

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