A propósito de marcas, como a propósito da vida, separar aquilo que é essencial daquilo que é acessório ou se quisermos utilizando um aforismo popular “ separar o trigo do joio” é uma tarefa complicada, mas quase sempre eficaz…

Este exercício requer que com verdade procuremos aquilo em que vale a pena apostar, investir, comunicar. Mais que um logo, um slogan ou até mesmo mais que um benefício, as marcas tendem a afirmar-se nas várias atitudes e comportamentos que são capazes de “vender”aos seus públicos – alvo, sejam estes consumidores ou como ouvia alguém comentar um dia destes, meros admiradores. É que é bom recordar que uma imagem de marca, como aliás aqui se fala, não depende exclusivamente de um design cool, clean e moderno, nem tão pouco de uma forte campanha publicitária nos meios tradicionais ou ainda não dependerá tão só de uma campanha de marketing de guerrilha pontual, por muito surpreendente e genial que ela seja. As marcas que consolidam mercados, que trazem valor acrescentado à vida das pessoas e que se vão afirmando no tempo, são regra geral marcas que se impuseram na sociedade ocidental, porque sistematicamente procurando acompanhar a evolução dos tempos, foram capazes de depois de peneirar e depurar o acessório, encontrar a sua essência, que mais não é do que aquilo que verdadeiramente as distingue de tantas outras marcas concorrentes.

Dito assim parece até fácil, mas que digam os publicitários e gestores de marcas, muitas vezes nem elas próprias reconhecem a sua identidade mais genuína!

Parece-me pois ser um caminho longo, mas interessante, cansativo, mas compensador, este que algumas empresas se propõem a percorrer, porque na vida das pessoas bem como na vida das marcas, investir esforço, tempo e claro, porque de marcas se trata, dinheiro, pode ser bastante positivo, quando se pensa em termos de construção, de consolidação ou quando de forma bastante mais simples se procura apenas ser…

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