Revistas de informação geral e de negócios de todo o mundo tem os olhos virados para um novo fenómeno,O facebook ou “HI5 dos adultos” assim era identificado numa TIME do mês passado que claramente ao ler fazia-me abanar a cabeça afirmando a cada uma das razões que expunha e convido-vos a ler.
http://www.time.com/time/magazine/article/0,9171,1879169,00.html
Ao deparar-me com este fenómeno ao qual também aderi, confesso que com alguma adição, pergunto-me se os seres humanos mudamos muito com a idade ou se as tecnologias nos ajudam e incentivam a ser quem realmente queremos ser.
Porquê este súbito interesse de contarmos a nossa vida e de saber mais de pessoas que nunca nos interessaram?
Procuramos amigos que nem nos lembrávamos que existiam, aceitamos amizades virtuais e que dificilmente aceitaríamos na vida real, partilhando com elas a nossa vida em tempo real.
As redes sociais com destaque para o Facebook já tem direito a estudos da comunidade científica que sugerem que as comunidades online podem ser úteis para detectar o nível de narcisismo dos seus utilizadores.
http://www.sciencedaily.com/releases/2008/09/080922135231.htm
O fenómeno Facebook não está muito longe do Big Brother, despertando os mais puros instintos voyeuristas e exibicionistas que levamos dentro de nos, dando connosco horas a frente do computador a ver que andam a fazer os amigos e os amigos dos amigos, seja através dos posts ou através das centenas de fotos colocadas diariamente por pessoas que nunca imaginaríamos, e fazendo nos o mesmo para que os outros vejam.
Por outro lado, só experimentando a satisfação de recebermos um comentário de um amigo a um post que tenhamos partilhado, percebemos o poder fazer parte desta rede…
“We Are What We Share” diz Charles Leedbeater no seu admirável livro “We think” publicado após a revisão online do texto original por mais de 240 leitores… Ou que foi noutra rede social, o Twitter que foi publicada a primeira notícia a nível mundial, sobre a queda do avião Turco em Amsterdão no passado mês…
Para além da parte dos estudos de psicologia que se podem fazer a volta deste tema, desperta-me especialmente a atenção de como podemos nós os marketeers, aproveitar esta rede no exercício das nossas funções.
Quando poderemos tirar partido desta informação? Quando isto acontecer poderemos segmentar com variáveis muito diferentes as utilizadas actualmente; teremos uma nova visão do nosso actual e potencial consumidor; conseguiremos perceber sem ter que perguntar o que realmente gostam, que fazem, com quem fazem…
Quem souber realmente aproveitar esta rede desde já e ainda sem acesso a toda esta informação estará muitos passos a frente da sua concorrência.
A dimensão a nível mundial que está a alcançar está em linha com o ambicioso objectivo do seu fundador : Fazer do Facebook a plataforma de comunicação standard planetária. Afinal os números falam por si:
175 milhões de utilizadores, 5 milhões de novos utilizadores por semana
15 milhões de utilizadores actualizam o seu perfil diariamente , 850 milhões de fotos carregadas mensalmente 24 milhões de conteúdos partilhados por mês .Mas será que nós, consumidores, estamos dispostos a continuar a partilhar a nossa intimidade se os fins em vista passarem a ser comerciais…
Ficarei atenta aos próximos episódios.
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