A Amorim Turismo fez parte – durante 20 anos – de uma parceria com o Grupo Accor. Ambos os Grupos beneficiaram dela, graças à dinâmica do compromisso estabelecido e à sua grande complementaridade. Estou convencido de que se não fosse a parceria com a Amorim Turismo, possivelmente a Accor, não tinha implementado a rede de hotéis que hoje têm em Portugal, e nós não estaríamos no sector.
Vem isto a propósito da separação, entretanto verificada, e do caminho que decidimos percorrer criando uma marca própria. Para nós seria muito mais cómodo continuar como parceiro da Accor. Só que isso também não nos permitia desenvolver todas as nossas competências, nem corresponder às expectativas criadas internamente. Precisávamos de ter total liberdade para agarrar novas oportunidades e reorientar a nosso posicionamento estratégico.
Apesar da profundidade de certos valores históricos que conferem aos portugueses uma invejável solidez como nação, verifico que muitas vezes temos medo de arriscar em áreas de competência em que nada ficamos a dever aos de fora. A nossa estratégia actual contempla, precisamente, essa necessidade de desafio e, necessariamente, de algum risco que a economia nacional tem de assumir para se poder impor.
Decidimos, por isso, implementar uma nova marca, tornarmo-nos ‘alquimistas’ de uma nova insígnia. Admito que seria mais fácil fazer um acordo com uma grande cadeia internacional como a Four Seasons ou a Starwood, mas a nossa aposta é bastante mais ambiciosa e passa pela afirmação de uma marca nacional.
Sei tratar-se de uma aposta difícil e exigente, mas sou dos que nunca rejeita um bom desafio. Neste momento estamos concentrados em consolidar a Blue & Green como ‘brand’ inspirada nos sentidos, orientada pela qualidade, que cultiva o ‘bom gosto’, o glamour e a criatividade em todos os seus projectos. Do meu ponto de vista, não basta aspirar a ser melhor, temos de ser diferentes. O verdadeiro ‘luxo’, hoje em dia, passa pela diferenciação de propostas. É isso que procuramos!
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