23 de janeiro de 2009

Opiniões que Marcam

Não é novidade que o tempo é hoje um dos bens mais preciosos e em contínua escassez. As organizações e as marcas competem continuamente pela atenção e disponibilidade das pessoas. E quando conseguimos essa janela de oportunidade, não são raras as vezes que deitamos tudo a perder porque não soubemos dizer, ou comunicar, a informação relevante no momento certo.


 


Continuamos a sofrer com reuniões onde alguém nos apresenta uma empresa ou serviço, usando o Powerpoint como uma espécie de teleponto, carregado de texto e bullet points. Deitamos fora brochuras quase indistinguíveis umas das outras, com as habituais imagens de executivos sorridentes e textos assépticos que debitam uma série de lugares comuns sobre missões, visões e valores. Encontramos sites que parecem ter sido desenhados para impressionar outros designers e esfrangalhar os nervos de qualquer pessoa de bem.


 


O resultado? Desperdício de tempo valioso e, possivelmente, uma percepção negativa daquilo que queremos comunicar.


 


Claro que não existe uma fórmula fixa para se escrever uma boa brochura ou desenhar um grande site. Mas quando criamos conteúdos de comunicação nunca podemos perder de vista o objectivo, o destinatário e o contexto.


 


Em relação ao objectivo, a pergunta essencial pode ser: que acção, ou acções, queremos despertar com o material em questão? Uma compra ou uma visita a um website? Entre pôr o máximo de informação numa brochura corporativa ou criar uma que seja construída de modo a encaminhar o visitante para o website da minha empresa, qual aquela que poderá ser mais eficaz?


 


Quando pensamos no destinatário, é importante perceber quem é o alvo e como é que a informação que lhe apresentamos é útil. Muitas vezes as empresas focam-se sobre si mesmas, ignorando o elemento mais importante na comunicação: o outro. Não falamos do mesmo modo com um responsável por uma área técnica ou um membro de um conselho de administração. Claro que podemos ter múltiplas audiências, mas tem de haver um foco, aquele que justifica o investimento.


 


Em relação ao contexto, o ambiente em que temos contacto com a informação muitas vezes determina a interpretação que fazemos da mesma. A mesma mensagem pode ter enormes diferenças se for planeada para um ecrã de computador, uma sala de apresentações ou uma brochura corporativa. Se conseguirmos prever o momento em que o destinatário vai ter contacto com essa mensagem (num evento? ao abrir um envelope?), ainda melhor.


 


Tendo claros estes princípios podemos tentar tirar o máximo partido dos nossos materiais de comunicação e assegurar que aproveitamos da melhor forma todas as oportunidades que nos surgem.

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