19 de janeiro de 2009

Opiniões que Marcam

Nos últimos meses, continuámos a ser bombardeados pelos meios de Comunicação Social com notícias sobre os efeitos da crise.


 


Sabendo que a dita crise tem duas componentes: uma resultante sobretudo de factores exógenos à nossa economia e outra da falta de confiança, que dá origem a uma retracção de investimento e de consumo, fácil é perceber que quanto mais se falar no tema, sem procurar soluções, mais se contribui para o acentuar dessa falta de confiança e, consequentemente, da própria crise.


 


Ora a verdade é que, no curto prazo de 2009, no que se refere às famílias portuguesas, estamos à assistir a um fenómeno de bipolarização entre, por um lado, aqueles que vêem os seus rendimentos baixarem, por serem variáveis, ou mesmo desaparecerem, dando origem a situações desesperadas de desemprego e outros – em número  mais numeroso – que verão o seu rendimento disponível aumentar relativamente a 2008.


 


Na verdade, por exemplo os funcionários públicos e muitos assalariados de empresas que vão ver crescer os seus ordenados mais de 1% acima da inflação (contrariamente ao que se tem verificado de há uns anos a esta parte) e ver as suas despesas mensais de habitação e combustível descerem significativamente, ficarão com mais umas largas centenas de euros disponíveis por ano.


 


Este acréscimo de rendimento poderá ser canalizado para diminuição do endividamento ou para consumos, porventura mais racionais. Neste caso, existirão oportunidades acrescidas para as empresas e marcas que souberem aproveitar esta janela de oportunidade.


 


Por último, o clima de falta de confiança reforçado pelos media fez já um efeito de boomerang em vários profissionais do sector recentemente dispensados num grande grupo de media. Deverá ser chegado o tempo dos profissionais deste sector procurarem outros ângulos de notícias que mostrem que existem empresas e gestores que estão a conseguir manter ou consolidar a sua actividade.


 


Perante as dificuldades, os obstáculos não devem servir para obstruir, mas para instruir – os profissionais de marketing devem estar, naturalmente, na primeira linha deste pensamento!


 


 

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