6 de janeiro de 2009

Opiniões que Marcam

Os seus 1993 metros de altitude impõem-se na região centro. É o cume mais alto de Portugal Continental, o segundo maior do país, e faz parte do maior parque natural português.   


 


A Serra da Estrela sempre foi um local cheio de mística. Talvez pelo seu relevo acidentado, ou pela riqueza da fauna e da flora, o certo é que sempre atraiu gentes para as suas encostas e é fonte de inúmeras lendas.  


Hoje, durante todo o ano, é invadida por visitantes e turistas que procuram conhecer e desvendar a beleza natural da serra, conhecer a sua história imortalizada nas vilas centenárias e nos recentes museus que nasceram região. Mas é no pico do Inverno, quando as montanhas se vestem de branco, que centenas de pessoas se deslocam à serra, atraídas pela neve que cai na região e transforma a paisagem.   


 


Sob estas condições fomos recebidos durante o mês de Dezembro. Por pura sorte, ou porque realmente tinha mesmo que ser assim, acordámos na Pousada de São Lourenço, que do alto vigia Manteigas, envoltos num manto totalmente branco. Lá em baixo, na vila, existiam vestígios de neve mas não eram tão fortes como os do alto da montanha. Uma paisagem que muitos daqueles que trabalham na pousada afirmavam não ver há muito. A neve não cobria apenas o chão… Estava sobre a estrada, as bermas, os telhados das casas, as janelas, as árvores, os ramos, as folhas. Tudo era branco e muitos dos jovens que se aventuraram pelas ruas, não deixaram escapar a oportunidade para fazerem as clássicas guerras de bolas de neve.  


O cenário repetia-se um pouco por toda a serra…. E quanto mais se subia, mais neve íamos encontrar. A Torre parecia tirada de um filme surreal. Não se via outra coisa a não ser neve. Percebia-se a direcção do vento pelos aglomerados de flocos que estavam agarrados aos teleféricos, aos sinais de trânsito, às vedações. Um sonho realizado por aqueles que têm a possibilidade de usufruir da natureza no seu estado mais puro. E é esta a principal característica da Serra da Estrela.  


 


Mas um dos principais atributos da marca é, para muitos, mal explorado. Enquanto nos aventurávamos pela única estância de esqui de Portugal, as vozes que se insurgiam contra as condições proporcionadas aos turistas faziam-se ouvir. A questão prende-se com o facto de os nevões interditarem os acessos e as estradas até à Torre. E para quem gosta de chegar lá acima para usufruir das vistas ou da estância, este é um problema que tem de ser resolvido.  


Mesmo assim, a Região de Turismo da Serra da Estrela estima que o número de dormidas no decorrer de 2008, tenha superado a barreira do meio milhão, o que se considera um recorde.


 


Para isso, tem contribuído o crescente número de unidades hoteleiras que estão a surgir na região. Umas mais viradas para o turismo rural e histórico, outras abrem as suas portas com novas apostas. Apostas que se baseiam na diferenciação para conquistar o mercado, como é o caso do H2Otel Congress & Medical Spa, que, além da unidade hoteleira, inaugurou um complexo termo-ludico com 1 balneário termal.  


A marca Serra da Estrela não se resume a neve e a turismo de Inverno, e são muitos os produtos da região que transportam o nome da serra mais alta de Portugal continental a todo o país e até ao estrangeiro, como é o caso do queijo da Serra da Estrela. São poucos os produtores que ostentam a Denominação de Origem Protegida, um selo que garante a alta qualidade do produto feito com matéria-prima da região mas colocam os seus produtos nos lineares das principais cadeias de distribuição do país. Produtos que são feitos de forma artesanal, pelas gentes da região, com os saberes passados de geração em geração. E não mencionamos apenas o queijo. Existe ainda o mel, a ginja, o pão do Sabugueiro e tantos outros escondidos nas montanhas que garantem a esta região um sabor muito especial. Um sabor de uma área única no país que se quer afirmar como uma referência no panorama turístico nacional. 
 

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