E ainda: 10 Tendências das R.P. para 2009, aqui. 5 tendências óbvias… 1. Fechar Uma das poucas coisas boas das crises é a de provocar um reset no mercado. As coisas más normalmente vão à vida, as boas aguentam-se. O problema é que numa crise global, sem mercado de capitais ou financiamento bancário, e com estados interventivos, o jogo é radicalmente diferente, imprevisível e seguramente mais injusto. 2. Cortar Fazer mais com menos, fazer o mesmo com menos ou fazer menos com menos. As hipóteses de trabalho nos meios existentes não andarão muito longe disto. Vai inovar-se menos mas também se perderá menos tempo em disparates e coisas escusadas. Algumas coisas boas tenderão a sobressair na escassez. 3. Concentrar A tendência vinha de longe, empurrada por razões financeiras, editoriais, tecnológicas e padrões de consumo alterados. Agora, as razões financeiras vão sobrepor-se a tudo e a todos. Vão cometer-se erros, como sempre, mas hão-se surgir coisas boas, como quase sempre, e óbvias, como só percebemos nos tempos difíceis. 4. Posicionar Os media têm uma tentação imensa de serem transversais ao mercado. Com excepção de alguns operadores globais, isso pode ser um erro. O posicionamento e a diferenciação são quase sempre uma vantagem. Apesar da crise, a abundância de meios será regra. E só é complementar quem se diferencia. 5. Distribuir As distribuição de conteúdos vai acelerar e em todas as plataformas. Os modelos de negócio não serão vistos caso a caso mas num todo. Um media terá de ser distribuído a qualquer hora em qualquer lugar. … e 5 tendências menos claras* 6. Leveza Saber fugir ao peso, à inércia, à opacidade. Só a leveza permite agir com eficácia. 7. Rapidez Sempre se disse que depressa e bem não há quem… Mas isso não é verdade. 8. Exactidão Definir e calcular o que se quer, ser preciso, claro e distinto. 9. Visibilidade Saber mostrar-se e por boas razões. Ir à procura, movimentar-se, espalhar-se, aproximar-se. 10. Multiplicidade As partes só farão sentido no todo. A expressão media tradicional será um anacronismo. * Os itens da segunda metade da lista (pontos 6 a 10) foram roubados a Italo Calvino. As 'Seis propostas para o próximo milénio' são de uma actualidade espantosa e têm mais a ver com os media do que se pensa.
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