Quanto vale o mercado da Moda? E quanto custa criar uma Moda? Duas perguntas às quais poderíamos passar horas a responder e a discutir diferentes pontos de vista. O facto é que existem produtos que vendem por moda, são curtos no tempo, normalmente muito rentáveis e com uma forte componente de comunicação. Para mim é este o ponto forte para criar uma moda e uma oportunidade que depois se transforma em necessidade no mercado.

 

As modas vêm muitas vezes contrariar as tendências e os estudos, podem começar por nichos ou correntes urbanas em torno de um determinado acessório, ou podem ser comunicadas pelos media e transmitirem universos aspiracionais aos consumidores.

 

Se há 50 anos atrás era um grande desafio criar uma marca ou uma moda, hoje é questão de estratégica de comunicação e de investimento. É claro que o risco hoje é muito maior, porque as mesmas ferramentas são utilizadas pela concorrência e a resposta é muito mais dinâmica que antes, vive-se a época da inovação, vale tudo para surpreender o mercado, o antigo ditado “dos fracos não reza a história” pode ser substituído por “dos tradicionais não reza a história” na minha opinião não haverá lugares de topo no futuro, para quem não conseguir dar o toque de modernidade até aos produtos mais clássicos que todos consumimos. Está aberta a disputa pelo futuro, hoje.

 

Ser contemporâneo implica estar atento às mudanças que todos os dias nos passam à frente, o que aconteceu aos miúdos com pesadas mochilas carregadas de livros? Não os encontro nas ruas da cidade. Todos trazem mochilas que aparentemente apenas transportam um portátil, o MP3 sempre ligado e as calças de cintura muito rebaixada. Mas são estes os consumidores de agora e de futuro. O que procuram nas suas compras de amanhã? É a geração Banda Larga, vai obrigar-nos a pensar os produtos da mesma forma que eles os querem comprar. Um exercício mais global que nunca, estes miúdos conhecem o Mundo mesmo antes de o percorrerem.

 

O desafio é criar uma moda, que dure tanto quanto a ambição que temos para as nossas marcas. Bill Gates disse numa conferência que na Microsoft trabalham todos os dias para tornar os produtos deles obsoletos, antes que outros o façam. É uma boa definição de inovação que todos os gestores deviam lembrar.