É este o head line de um anúncio da Alaska Seafood que acabo de ver na contracapa de uma revista de trade da área da distribuição.

 

Para minha surpresa, é transcrito no anúncio, um artigo da constituição do Estado do Alaska, datado de 1959, que afirma “As populações de peixe, as florestas (….), serão utilizadas, desenvolvidas e mantidas numa base de rendimento estruturado….”.

 

Ou seja, esta preocupação de equilíbrio e de produtos naturais tem quase 50 anos na lei fundamental do Alaska – a conclusão é que o frio da região, deve ter levado os seus habitantes a aquecerem-se em casa, a reflectir e a encontrar novos caminhos para a sua economia, já na década de 50.

 

A verdade é que, em 2008, isso é usado, e bem, como argumento de diferenciação junto dos consumidores de outros países na comunicação dos seus produtos, em vez das estafadas imagens, por vezes inestéticas, de pescadas ou sardinhas.

 

É importante que o Marketing das empresas perceba e explore estes elementos diferenciadores que estão para lá dos atributos comuns dos produtos.

 

A propósito de outros caminhos de diferenciação e comunicação, relembrei-me também que esta tarde presidi ao júri de uma aluna brasileira do Mestrado de Marketing do ISCTE, que criou uma nova imagem corporativa e mesmo um conjunto de peças de comunicação e de publicidade para uma empresa brasileira, que vende produtos para os produtores de pecuária com uma abordagem muito personalizada.

 

 O excelente trabalho criativo apresentado propunha uma abordagem baseada no contexto da relação com os clientes, com uma assinatura “Fazendo amigos”.

 

Estas duas abordagens, que vi esta tarde, constituem dois excelentes exemplos de que num contexto dito de crise, a saída para muitas empresas não estará certamente no corte de investimentos de marketing, mas antes na aposta na diferenciação e no desenvolvimento de relações afectivas com os seus clientes.