9 de dezembro de 2008

Opiniões que Marcam

Para vos despertar a sede para a marca mais liquida da nossa economia, tema do último filme de 007, o mais valioso recurso natural do planeta, ainda mais precioso que o petróleo, fomos até a uma mina no intimo da paisagem de Castelo de Vide, para ver como nascem as nossas águas .

As águas termais resultam de um trabalho secular da Natureza, possuem particularidades físico-químicas estáveis, são aquecidas pelo calor dissipado das regiões vulcânicas ou de águas profundas e quentes, sendo, por tudo isto, ricas em sais minerais e detentoras de um elevadíssimo valor medicinal.

No território nacional, os vestígios das práticas de medicação hidrotermal remontam à história antiga, tendo a tradição portuguesa de “ir a banhos” sido construída num intermitente percurso histórico, onde os Árabes acabaram por recuperar das cinzas deixadas pelos povos bárbaros, este nosso património hidroterápico.

Mas, afinal, em que consiste tamanha riqueza que tanto nos distingue, apesar da prática original ser da pertença de outros povos?

Portugal é pela sua diversidade geológica, um dos países do Mundo com maior quantidade, variedade e qualidade de águas mineromedicinais por metro quadrado.

Existem 62 nascentes termais no Pais, 43 das quais em actividade e em Castelo de vide, como em tantos outros sítios do pais, a história fez-se com água.

As nossas águas são o nosso petróleo, o nosso ouro, os nossos “diamantes líquidos”.

Resultam dos “laboratórios” da Natureza de Portugal, e são uma das nossas mais preciosas riquezas, quer pelo seu potencial turístico criador de emprego e fixador de populações, quer pela sua excepcional riqueza hídrica, sobretudo em anos de seca.

Para além disso, a sua acção medicinal, deu origem a uma nova ciência, a hidrologia médica, que recuperando uma prática ancestral, assume a água como fonte de equilíbrio, face à crescente preocupação colectiva com a juventude e com a saúde.

As qualidades terapêuticas das nossas águas, dão a esta grande marca de Portugal, o estatuto de remédio universal para a saúde, e no meu entender, também, para a economia

Fica-nos o desafio de valorizar, de investir, de promover, de fazer das nossas águas, novas fontes, novas termas, novos e modernos spas, marcas contemporâneas de Portugal, capazes de transformar esta imensa herança hídrica, em próspera liquidez para a nossa economia;

Pois hoje, mais do que nunca, precisamos de marcas. É que a economia está ficar seca e precisar da inovação das nossas águas, para ser rapidamente hidratada.

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