Parece que vamos perder o emprego. E uma padaria (só pão caseiro) é capaz de não ser má ideia. Na shortlist estão também uma loja de ferragens e uma retrosaria. Aliás, se está a ler este texto e tem uma ideia para nos lançarmos num novo negócio, pode enviá-la para diogo.anahory@mccann.pt  ou josé.bomtempo@mccann.pt.

Vem isto a próposito desta nova “tendência” (palavra bonita) dos dias de hoje: aos anunciantes já não chega ouvir os consumidores, agora pedem-lhes que criem as ideias para as suas marcas. É o famoso “power to consumer” levado ao extremo. Não são raros os casos de anunciantes que compram vídeos do youtube para lhes colarem o seu logotipo no final. Outro exemplo? Este mesmo site tem uma rubrica chamada “seja você o criativo”. Pessoalmente, nada contra. Aos anunciantes a recomendação é cautela. Se um vídeo caseiro engraçado e baratinho (palavra mágica) pode fazer disparar a notoriedade no curto prazo, o preço a pagar chegará mais tarde. Será o dia em que acordarmos e descobrirmos que as marcas já não são bem marcas. São sim um emaranhado de “ideias giras” sem nada que as relacione, nem consistência estratégica ou coerência alguma. É claro que poderemos sempre dizer que a culpa foi do consumidor. E depois pedir-lhe, de joelhos, que resolva o problema.

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