3 de novembro de 2008

Opiniões que Marcam

Nesta minha viagem, onde tenho procurado dar novas perspectivas sobre as marcas de Portugal, vamos hoje ao encontro de um dos nos nossos maiores tesouros vivos, os cavalos lusitanos.



Dizem as lendas que esta nossa marca é uma filha do vento, que cresceu nas margens férteis e alagadas pelas cores do Outono; As margens do rio Tejo – o Nilo português – onde se estende a nossa eterna lezíria; terra das palavras dos nossos poetas, terra de campinos, de touros e do mais antigo cavalo de sela do mundo.
Com milhares de anos de História, o Lusitano descende do ancestral cavalo Sorraia. Ao longo de séculos definiu as suas características sendo hoje uma raça registada com Stud-book próprio, estando o seu controlo de pureza a cargo da Associação Portuguesa de Criadores do Cavalo Puro Sangue Lusitano (APSL).



O nosso Lusitano é uma marca pujante, como um touro bravo, mas é acima de tudo uma marca da dupla natureza do homem Português, um equilíbrio perfeito entre a “força física” e a “força espiritual”.



O Lusitano é o nosso Rolls Royce. No México é tratado como um rei, no Brasil é o “top dos haras”, em Hollywood é cada vez mais a primeira escolha dos realizadores, e para alguns dos melhores toureiros do mundo comprar cavalos de toureio, só em Portugal.



Em França, no grande espectáculo equestre em Versalhes, chegaram a ser 600 os lusitanos que luís XIV, o poderoso Rei Sol, teve ao serviço do seu (Grandes Ecuries) grande estábulo – tradição que, face à sua importância cultural, foi recentemente recuperada pelo governo Francês, com a importação de 20 magníficos lusitanos beges.  



O Puro Sangue Lusitano é uma das nossas grandes marcas, bem mais valiosa do que uma marca comercial. E tanto assim é, que constitui o produto zootécnico que mais divisas traz para o país, para além de ser aquele que melhor representa o corpo e a alma de Portugal.



Da “Golegã”, aquela que é considerada a capital internacional do cavalo, gostaria de vos deixar uma reflexão.



O Turismo Equestre, está em franco crescimento na Europa e por isso pode bem ser uma alternativa estratégica para o turismo de Portugal. O seu potencial é cerca de 2,5 vezes superior ao golfe: um turista equestre, gastará em média, 260 euros por dia, o mesmo que um turista de golfe. No Reino Unido  para 800 mil golfistas existem 2,4 milhões de cavaleiros de lazer.



Os números por cá também já são significativos: cerca de 12 milhões euros apenas na criação de cavalos, para além disso Portugal tem capacidade para receber 120 mil cavalos, que representariam entre 250 e 350 milhões de euros de receitas directas e a criação de mais de 20 mil postos de trabalho. Cada 10 cavalos geram, em média, 2 postos de trabalho.


 


Serão precisos mais números, mais exemplos, mais virtudes para suportarmos esta grande marca de Portugal? A trote, a galope, a dançar, a ladear touros, a saltar obstáculos ou a deliciar-nos com a sua sensibilidade e coragem, o Lusitano – “Um cavalo de rei em dia de triunfo” – é uma marca capaz de inspirar uma economia inteira.



 


E para além de ser uma fonte de divisas directas e indirectas que representam um elevadíssimo potencial económico, é uma razão viva para termos orgulho e afirmarmos, vigorosamente e sem preconceitos, a marca de Portugal pelo Mundo.


 

Avalie este artigo 1 estrela2 estrelas3 estrelas4 estrelas5 estrelas
Loading ... Loading ...

Comentários (0)

Escreva o seu nome e email ou faça login com o Facebook para comentar.