2 de outubro de 2008

Opiniões que Marcam

O marketing relacional é hoje uma vertente fundamental para a gestão do valor nas marcas e nas empresas. No negócio de vinhos, esta vertente revela-se mesmo imprescindível.



 


Vejamos alguns elementos que justificam a imprescindibilidade:


 


O vinho é, enquanto produto, complexo e de interpretação subjectiva, por comparação com outros bens da categoria de bebidas como a água e os refrigerantes, ou mesmo a cerveja e o whisky. O vinho é um produto onde os aromas, sabores e cor são uma consequência do terroir” (clima, solo e geografia), do processo de fabrico e da variedade das uvas (castas). A contribuição de cada um não é facilmente identificável, o que implica, para uma maximização da utilização do produto, uma explicação por alguém a quem seja reconhecido como conhecedor ou um especialista.


 


Será de compreensão imediata, uma vez na presença de um produto com as características referidas, a importância significativamente superior (face ao habitual) do peso relativo da variável relações públicas no mix de comunicação. Como o próprio nome da variável indica, a sua gestão é sustentada em relações credíveis, verdadeiras e duradouras.


 


Dada a ancestralidade do negócio de vinhos, muitas das actuais empresas de vinhos são um negócio de família. Uma das especificidades do negócio familiar é a sobreposição da vivência e relações familiares com a empresa; assim é comum os clientes serem visita da família e muitos dos negócios e relações serem aprofundados num ambiente informal e/ou familiar com longas visitas, por parte dos parceiros, às quintas e adegas, onde a casa familiar se confunde com o escritório.


 


As marcas de vinho procuram sempre contar uma história em torno, das suas características únicas e relevantes, centradas na terra, na quinta, nas castas, no processo, na família, entre outras. Assim, as empresas tendem a preservar relações, fazendo com que as mesmas sejam também parte da história única, facilitando a sua compreensão e posterior comunicação por parte dos intervenientes na cadeia de valor.


 


Fica assim empiricamente demonstrada a imprescindibilidade da utilização do marketing relacional no negócio de vinhos e a necessidade das empresas investirem em competências e tecnologia que permitam o seu desenvolvimento.

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