No século XXI tornou-se óbvio que o número de marcas que compete pela atenção do consumidor é cada vez maior e os consumidores mudaram dramaticamente. Acima de tudo mostram uma crescente falta de tolerância para com a actividade de marketing que é irrelevante ou não é solicitada.
É hoje claro para todos os profissionais de comunicação que as novas tecnologias têm obrigado a repensar os métodos tradicionais de marketing, obrigando também, a encontrar novas formas de relacionamento com o consumidor. Actualmente já não é suficiente informá-los sobre as marcas; os consumidores têm que interagir com elas e sentir que também têm uma intervenção pessoal no seu sucesso.
Essa é a razão por que se fala tanto em Consumer Engagement e a razão porque é o tema da Conferência Anual da APAN. Esse “casamento com o consumidor” ou “compromisso por mútua vontade” assenta em premissas como a transparência, a interactividade, a facilidade e rapidez, o envolvimento, a criação conjunta, a colaboração, a experiência e a confiança. Essa mudança torna todo o processo de comunicação com o consumidor bastante mais complexo pelo que vale a pena debater o tema. Assim, no dia 8 de Outubro, vamos tentar esclarecer um pouco melhor em que consiste este conceito com tradução tão difícil em português, contando para isso, com a presença, entre outros, de Alan Moore, autor do termo “Marketing engagement”. As premissas sobre as quais assenta este conceito são várias e complexas: transparência, interactividade, facilidade e rapidez, envolvimento, criação… Em vez de transformar tudo numa única USP (Unic Selling Proposition), o Engagement Marketing cria grandes ideias que envolvem emocionalmente as audiências que têm um enorme desejo de participar. Mas surge o desafio: envolver-se com o consumidor mas sem o controlar. Difícil, não? Mas fazendo minhas as palavras do Alan Moore: “if the 20th century was about ‘interruption’ then the 21st will almost definitely be about ‘engagement’”, não temos como fugir desta nova realidade.
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