31 de julho de 2008

Opiniões que Marcam

Nos momentos mais difíceis da vida das pessoas
e das empresas é que, muitas vezes, se forja o futuro.


 


Crise, do grego Krísis, ilustra na sua etimologia esse ponto capital de incerteza em que risco se entrelaça com a oportunidade, por isso as crises são épocas em que podemos dizer, como no poema de Sophia de Mello Breyner, que “este é o tempo em que os homens renunciam”, ou como diz o antigo gestor Jack Welch, “momentos assim em que o líder tem a oportunidade de testar sua coragem.”


 


Jack Welch, que foi gestor em várias empresas da General Electric e que viveu algumas das principais crises económicas nas décadas de 80 e 90, defende que em situações de grande incerteza e imprevisibilidade como são as crises económicas, os gestores de empresas devem aplicar dois princípios fundamentais de gestão, que são absolutamente essenciais em tempos de turbulências: transparência e diferenciação.


 


A explicação da estratégia


O primeiro aspecto, a transparência, refere-se à necessidade de nunca esconder os factos e de se manter sempre atento e preciso. Em relação à diferenciação, que tem a ver com as despesas e o investimento, Jack Welch diz que “muitas vezes, em tempos de aperto financeiro, os executivos começam a espalhar o pouco dinheiro de que dispõem aqui e ali, em vez de escolher a dedo os programas que deveriam receber financiamentos generosos, preparando assim a empresa para o futuro”.


Como refere o gestor da Sonae Distribuição, Nuno Jordão, com o saber feito na gestão de três grandes crises económicas, numa entrevista feita pela jorbnalista Marisa Moura e publicada nesta edição da Exame: “Esta é a terceira crise que vivo como gestor. Não estou particularmente ansioso. O mais importante é acreditarmos que teremos sucesso e continuarmos a investir. Tudo é reponderado a dobrar e há que explicar a bondade de cada decisão, mas é muito importante não mudar de estratégia como um cata-vento, até porque as equipas ficam perdidas”.


 


Histórias de vida


Nesta edição da Exame, Rosália Amorim, editora da Exame, foi em busca das lições de vida e de liderança em algumas histórias de gestores e economistas que se defrontaram com verdadeiras situações-limite, aquelas em que a vida está em causa e a sobrevivência uma hipótese remota. E esta viagem às profundezas das almas termina com um hino à humildade, às atitudes relacionais, ao optimismo, à coragem. Cinco líderes enfrentaram a tortura, a doença grave ou a quase-morte e contam como deram a volta por cima e se tornaram mais resilientes. Poderão estes exemplos pessoais ajudar a enfrentar os actuais momentos difíceis que as empresas e o País passam.

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