Fruto da investigação, a publicidade está profissionalmente desenvolvida o que permite aos publicitários melhorar as probabilidades dos receptores serem atingidos pela mensagem, revelarem atitudes relativamente às marcas e manifestarem intenções de compra face às marcas comunicadas.
Ora, foi com o objectivo de apresentar as recentes investigações académicas em publicidade, que decorreu nos dias 28, 29 e 30 de Junho, na Universidade de Antuérpia, a 7th ICORIA (International Conference on Research in Advertising).
Repartidas pelas 23 sessões, foram apresentadas 84 comunicações de investigadores de todo o mundo: da Europa à Austrália, passando pelos Estados Unidos, Canadá, Nova Zelândia, etc.
Em sessões como: Brand Communication, Brand Placement, Neuromarketing, How Advertising Works, Communication in New Media, Measurement, encontravam-se as comunicações/estudos mais recentes e, por isso, mais polémicas, que originaram maior debate entre os muitos participantes.
Como ocorreu em anos anteriores (assim como o ano passado em Lisboa, na Escola Superior de Comunicação Social), o International Journal of Advertising patrocinou o prémio para o melhor estudo. Em “I like the ad, but what brand was it for?” The moderating influence of advertising strategy, branding strategy, and product involvement on brand and USP recall, apresentado por Nathalie Dens, da Universidade de Antuérpia, foi investigada a possibilidade dos efeitos de interacção entre as estratégias de lançamento de novos produtos (ao nível de novas marcas, versus extensões), e as estratégias de publicidade, para dois produtos de diferente grau de envolvimento, ao nível da marca e da USP.
Gostaria, ainda, de acentuar a questão da relação de cooperação entre as empresas e as universidades. Se no norte da Europa, as empresas estimulam e incentivam estes estudos e estes eventos, revelados, por exemplo, pelo apoio da BBDO Belga a esta conferência, em Portugal ainda estamos longe desta relação de partner ship. No norte da Europa, nos Estados Unidos, na Austrália, as empresas e as universidades colaboram mutuamente, não se olham com desconfiança e não duvidam daquilo que cada uma faz.
Talvez o novo Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior possa contribuir para derrubar este muro de indiferença. Por exemplo, ao conferir quotas para a presença, em determinados órgãos, de personalidades de reconhecido mérito, externas às Instituições, veremos pessoas sem qualquer vínculo ou interesse corporativo opinarem e deliberarem sobre o futuro das nossas Universidades e Politécnicos.
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