Chegámos a Praga ao final da manhã. Pela frente tínhamos ainda cerca de 2h30 de viagem de carro. Um dia longo mas compensado pelas primeiras imagens daquela que é uma das mais importantes cidades termais da Europa Central. Karlovy Vary recebeu-nos na sua pacatez e com pequenos flocos de neve que, naquele final de tarde, criavam um ambiente mágico e quase cinematográfico. O tempo estava contado. Até ao final da semana tínhamos quatro reportagens para fazer, três cidades diferentes assinaladas no mapa e pivots para gravar.
Embora o corpo pedisse descanso, o trabalho começou nessa mesma noite com gravações no Spa Zámecké Lazne. Aquele que foi o nosso primeiro contacto com um país novo, uma cultura diferente e um povo talvez ainda pouco desperto para as necessidades de reportagem. A cerca de 3000 km de distância de Lisboa pomos à prova a nossa capacidade de comunicar e não nos deixamos intimidar pelas entrevistas em checo.
Depois de Daniel Craig e Eva Green terem pernoitado no grandioso Grand Hotel Pupp, que serviu de cenário a Casino Royal, tinha finalmente chegado a nossa vez. Uma experiência que marcou definitivamente a viagem.
O segundo dia na República Checa começou cedo. Karlovy Vary não é uma cidade grande mas há muito para ver e contar. Dos Spas, às 12 fontes de água com propriedades terapêuticas, do centro histórico aos negócios impulsionados pela tradição termal. E neste dia havia ainda uma viagem pela frente. Plzen era o nosso próximo destino.
A Meca da Cerveja é a quarta cidade mais importante do país. E foi precisamente a cerveja que nos levou a descobrir a cidade e a história deste produto elevado a ícone nacional. Uma história retratada no Museu da Cidade e explicada pelo sábio mestre cervejeiro da Plezensky Prazdroj, uma das mais emblemáticas cervejeiras do país. Um dia intenso de reportagens que nos levou às linhas de enchimento da Pilsner Urquell e às famosas tavernas onde à mesa se ouve o célebre ditado local: “Espaço para mais uma Pilsner arranja-se sempre!”
Com dois locais já riscados do mapa, Praga era a cidade que se seguia. E somos obrigados a concordar com todos os que a elegem como uma das capitais mais bonitas do mundo. Na cidade das Cem Torres não tivemos mãos a medir. Queríamos mostrar o romantismo da arquitectura, a cultura que se respira nas ruas, a beleza das praças o charme da Praga que encantou Mozart.
Penso que o conseguimos. Mesmo quando fomos obrigados a subir para terraços e improvisar cenários para pivots, uma vez que as regras para gravação nas ruas são muito rígidas.
O resultado destes intensos cinco dias de trabalho, que contou com o empenho de toda uma equipa, está no Imagens de Marca desta semana. O programa que estreia um novo projecto: o Imagens de Marca País.
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