Acabou a ordem de soltura e aí está mais uma Rentrée á vista.
É uma excitação. Claro que ela só é válida para quem saiu, mas mesmo os outros que gramaram o verão em casa, vão ter que a enfrentar! Doa a quem doer…

E ela dói. Rentrée, é uma palavra que irrita.
Ela faz-nos pensar.
Revemos e repensamos as nossas vidas.É sempre assim!

Fazemos um plano, e é aí que a coisa começa a correr mal.
Um Plano, geometricamente falando, é uma coisa rectilinea, direita. Sem altos e baixos…Como se ir de A a Z fosse fácil.

Planear hoje, faz muito pouco sentido e até já se fala em planos B.
O que vale é que o abecedário é longo…

No Marketing, tal como muita gente hoje repete no dia a dia, inspirada noutras experiências menos boas, é viver um dia de cada vez. A coisa está no minímo cinzenta (sou optimista).

Por isso subscrevo cada vez mais viver intensamente o Presente.

É tal a incerteza que prognósticos só mesmo depois do jogo.

Fazer um Plano é falso. Muitas vezes ele não sai da gaveta e é a antítese de fazer. Ficou-se pela teoria e pelas intenções.
E fazer planos follow on baseados no histórico é medroso e seguro, como convém.

Em equipa que ganha não se mexe, é uma ideia castradora.

Portugal tem que quebrar a sua rotina instalada.
Mas não é só cá. Sentimos que o modelo, o modus operandum do funcionamento da sociedade, esgotou.

As pessoas hoje não aguentam repetições ciclicas mais ou menos permanentes. Nem no trabalho, nem nas nossas casas.
Precisamos do factor Surpresa nas nossas vidas e nas empresas e em tudo o que compõe a nossa rotina diária.
O Marketing e a Comunicação estão cristalizados à espera que algo aconteça, mas não vai acontecer. Vai é piorar se nada fizerem.
Aliás a acomodação é geral.
Já estamos todos a ver “the whole picture” deste país no próximo ano. A não ser que haja surpresas.
Venham elas!
As boas!
A sério!
Na Politica, na Cultura, no Desporto, no Marketing e na Comunicação. Nas Marcas e nas Ideias. Venham donde vierem, mas venham!!

Precisamos todos de abanar a árvore.
A nova Rentrée, é assim como que um Regresso às Jaulas (leia-se empregos e casas).

Urge recriar as jaulas.

O espaço físico onde trabalhamos, o nosso habitat, das 9 às 6 pode e deve ser recriado em nome da motivação e da produtividade.
Escritórios e espaços repensados criativamente que ponham as pessoas mais felizes e onde a partilha de conhecimento seja fluida e descontraída.

É preciso desinstitucionalizar muitos escritórios, enquanto espaços físicos.

Abrir open spaces não chega e às vezes até é perigoso, pois de open têm muito pouco. As pessoas fecham-se nos seus MACs e PCs, colocam os Phones e isolam-se no seu mundinho.
E depois há os felizardos, que não aceitam as Jaulas e que trabalham soltos e circulam livremente.

Uma tendência a crescer e de que maneira.

Como agora estou “free as a Bird” soltei mais a língua e sinceramente também não acredito que vá arranjar um emprego. Arranjar é meio esquisito. Criar é o que irei fazer.

O título do artigo é criativo e não é para levar a sério. Ou é?
A sua interpretação é livre. Pode parecer exagerado?
Se calhar pode. Ou não. Faça-se um estudo e talvez apareçam surpresas.

Transformar as jaulas é tarefa para todos, mas o exemplo deve vir de cima.

Já nas nossas casas, para animar o nosso habitat, contamos com a ajuda preciosa do IKEA, que diz e bem “ Viva mais a sua casa ”.

Boa REENTRADA!