O Nation Brand como factor de competitividade

3 de dezembro de 2012

O Nation Brand como factor de competitividade

Possuir uma marca forte é um dos factores de sucesso no contexto global em que vivemos. A hiper competição por negócios, combinado com o i(media)tismo da informação, implica que a mensagem veículada por uma marca tenha de ser bem trabalhada, por forma a alavancar positivamente o produto ou serviço que representa. Razão pela qual empresas e grupos de empresas invistam massivamente no desenvolvimento e proteção das marcas. Em muitos casos, é mesmo uma questão de sobrevivência.

Os países enquanto marcas, devem adoptar uma abordagem semelhante por forma a construirem um correcto posicionamento, que lhes permita, por essa via, um aumento do seu crescimento económico. Existe já um forte movimento nesse sentido desde que, em 1996 Simon Anholt, introduziu o conceito de Nation Brand . Países como o Canadá, África do Sul, França ou Austrália têm desenvolvido estratégias de Nation Brand, que não são mais do que a transposição de políticas de Brand Management similares às das empresas com as suas marcas, numa matriz alargada aos países e aos sectores de actividade

A Brand Finance desenvolveu uma estrutura de análise, o Nation Brand Impact™ Framework que identifica os 4 segmentos que permitem identificar, construir e desvendar o potencial de valor económico de uma ‘Marca Nação’ (ou país).

Estes 4 segmentos desempenham um papel crucial na capacidade de utilizar a marca ‘país’ como alavanca de aumento do produto.

Sendo uma ‘Marca Nação’ a soma das perceções individuais (internas e externas) que influenciam a performance económica de um país, a captação de investimento, de turismo, a exportação de bens e serviços e a criação e retenção de pessoas e conhecimento, são os 4 segmentos impactados e que compõem a estrutura de análise acima referida.

Importa pois, encorajar o investimento interno em detrimento do investimento fora, captar  investimento directo estrangeiro, criar melhores condições de exportação ou substituição de importações, tudo isto pela alteração (melhoria) das percepções individuais e colectivas, dentro e fora dos países.

Insisto mais uma vez, para o correto conhecimento dessas percepções, o mapeamento dos key-stakeholders, o conhecimento das audiências chave e o benchmark dos chamados top in class. Todos eles são parte de um processo analítico tão crucial ao desenvolvimento de uma estratégia de Nation Brand, por forma a conseguirmos o referido anteriormente.

Sendo esta matéria uma preocupação num conjunto alargado de países, e a criação destes processos  uma tendência, no caso português torna-se ainda mais importante e  urgente, a sua inclusão na agenda das prioridades. E já não vamos no pelotão da frente!

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