O Mundial aproxima-se e com a evolução que temos vindo a assistir em termos de tecnologia e de interacção nas redes sociais, é expectável que venhamos a assistir a iniciativas out of the box por parte das marcas que tentarão tirar partido do “real time”, ajustando as suas campanhas, aproveitando momentos inusitados. Em suma, diferenciando-se através da inovação da sua comunicação procurando alguma irreverência do momento.
Em termos de evolução tecnológica e consumo de media, verificamos por exemplo que os utilizadores do Twitter duplicaram desde o Mundial de 2010, o live streaming de TV é cada vez uma realidade permitindo novas experiências aos utilizadores mobile. E se falarmos nesta área, é incontornável o peso que estes novos meios têm junto do consumidor que é cada vez mais impactado pela comunicação das marcas nas redes sociais em tempo real.
A promessa do marketing em “real time” pretende conciliar e satisfazer as necessidades destes novos consumidores com base em três premissas: mensagem certa, no lugar certo e na hora certa.
Um estudo da Adobe e da Direct Marketing Association concluíram que:
- 60% dos marketeers esforçam-se para personalizar o conteúdo em tempo real, sendo que 77% acredita que personalização em tempo real é crucial;
- Dois terços dos respondentes planeiam implementar campanhas em tempo real no futuro próximo;
- Mais da metade identifica os benefícios do marketing em tempo real como: maior eficácia de marketing, melhor experiência junto do cliente e retenção de clientes.
Se no Mundial de 2013, existiam 2,3 mil milhões de consumidores a interagir em tempo real com a competição, este ano está previsto que o número ascenda aos 3 mil milhões.
Como podem então beneficiar as marcas desta audiência comunicando em real time?
- Reagindo rapidamente às notícias e ao que está a acontecer no momento. Tal como a Oreo fez e bem durante o Super Bowl. Para tal, para além de uma reacção rápida é necessário criatividade no momento-chave e disseminar a mensagem rapidamente nos vários canais em que a marca está presente;
- Interagindo com a sua comunidade nas redes sociais. Aqui é necessário privilegiar o lado emocional ao invés do lado racional. Irreverência q.b. e agilidade para ao invés de transmitir a mesma mensagem em todas as redes, ter a capacidade de adaptar, pois o público que está no Facebook privilegia determinados formatos, ao passo que o do Twitter, por exemplo, valoriza outros;
- Adaptando a campanha à medida que o campeonato prossegue e sobretudo ter a capacidade de criar pontos de contacto entre o mundo online e offline, com por exemplo, campanhas no ponto de venda ou de experimentação do produto faseadas e em que as mesmas acompanham a evolução dos resultados.
Em suma, a intersecção entre o SoLoMo (social, local, mobile) é o “real time marketing” e seguramente que durante o Mundial iremos assistir a iniciativas bastante originais. Estaremos atentos!
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