O mobile como veículo de comunicação das marcas

20 de outubro de 2015

O mobile como veículo de comunicação das marcas

Alberto Rui Pereira, CEO Mediabrands Portugal

A luta das marcas pela atenção dos consumidores no ambiente mobile é cada vez mais um desafio que encerra em si mesmo uma grande oportunidade. Conseguir conquistar a atenção dos utilizadores mobile, em momentos muito fracionados de tempo, com informação verdadeiramente relevante e contextualizada, revela-se uma oportunidade que as marcas devem agarrar. E as oportunidades de contacto relevante são inúmeras, desde o acordar até ao deitar, o smartphone é cada vez mais uma “companhia” inseparável ao longo do dia e que assume um papel fundamental na gestão quer a nível pessoal como profissional.

No caso de determinados targets a presença do mobile no dia-a-dia é ainda mais importante. Veja-se, por exemplo, o caso dos Millennials em que 87% refere que nunca se separa do telemóvel durante o dia e 80% refere que a 1ª coisa que fazem de manhã depois de acordar é consultar o seu telemóvel (estudo Mitek & Zogby Analytics Set2014).

Apesar desta presença ao longo do dia, a sua utilização é feita em pequenos momentos que podem chegar em média a ser cerca de 150 vezes num dia (Kleiner Perkins Caufeld & Byers, 2013 Internet Trends Report). Desde o envio de um e-mail de trabalho enquanto se espera na fila pelo autocarro, aceder ao perfil na rede social durante a viagem de metro, colocar um post com uma foto das férias durante o almoço, consultar o saldo do cartão de pontos antes da realização de uma compra, comparar um preço no linear do supermercado, consultar as informações de trânsito ao sair do emprego. Tantas são as situações que ao longo do dia levam os utilizadores a recorrer ao seu dispositivo móvel que, mais do que uma forma de contacto, passou a ser uma ferramenta de gestão do seu dia.

É na identificação do contexto destes micro momentos que as marcas têm imenso potencial para intervir em tempo real, de forma contextualizada e relevante, ajudando na tomada de decisões, esclarecendo, informando e levando à ação de consumidores e potenciais consumidores.

Para que isso aconteça é fulcral que, para além da criação de uma relação assente na relevância da informação, as marcas estejam preparadas para o ambiente mobile, seja via soluções de responsive design, seja pela criação de aplicações próprias (app’s) com o objetivo de melhorar o serviço a cliente, seja por comunicação mais direcionada e segmentada.

Em suma as marcas têm de estar presentes, ser úteis e agir de forma rápida, verdadeiramente em tempo real sendo esta a chave do sucesso desta interação. O contexto, que dará mais ou menos relevância à interação, permitirá manter o consumidor com interesse em continuar a ouvir o que as marcas têm para dizer, uma vez que apenas 9% dos utilizadores continua a navegar num site mobile ou numa app se a sua necessidade e interesse não for satisfeito (estudo Consumer in the Micro-Moment, Wave3 by Google/Ipsos USA 2015).

Caberá às agências continuar a promover soluções tecnológicas que respondam a este desafio e às marcas a capacidade de acompanhar esta evolução, com a criação de novas plataformas, diferentes formas de comunicar e surpreender os seus consumidores ou, quem sabe, conquistar novos!

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