Nesta semana surgiram 2 dados que demonstram o crescimento muito rápido e sólido do mercado mobile. Por um lado foi anunciado que já existem mais de 1.000.000.000 de smartphones em utilização em todo o mundo, ou seja 1 em 7 pessoas em todo o mundo utiliza hoje um smartphone e o ritmo de adoção tem vindo a crescer significativamente (no último ano este número cresceu 300 milhões). Por outro o Google anunciou os seus resultados, no meio de grande confusão pela divulgação antecipada e não intencional de um versão draft que conjugada com resultados menos positivos levou as ações a caírem cerca de 10%, mas com um destaque especial para os resultados de mobile que cresceram para 8 mil milhões USD (comparando com 2,5 mil milhões no mesmo período do ano passado).
Há muito que se fala das extraordinárias possibilidades que se apresentam aos marketeers com o crescimento do mercado mobile, quer pelo grande crescimento na capacidade de processamento dos novos smartphones que permitem desenvolver aplicações cada vez mais evoluídas, quer pela ubiquidade da conectividade a velocidades cada vez maiores (com o 4Gjá disponível hoje para 80% da população portuguesa na rede TMN consegue-se atingir velocidades de 150 Mbps).
Mas o que estes dados demonstram é que a taxa de penetração de smartphones é já muito significativa (em Portugal já bem superior a 30%) e que portanto existe já dimensão hoje no mercado que justifique olhar para este meio de forma mais atenta, e também que há já quem tire muito partido deste crescimento, como é o caso do Google que não só mais do que triplicou as suas receitas nesta área (que incluiu agora também as receitas do Google Play), mas acima de tudo já representam uma parte muito significativa do seu negócio, e são consideradas pelos seus responsáveis como estratégicas para o futuro da empresa. Aliás hoje uma das principais preocupações das grandes empresas tecnológicas é como tirar o maior partido do fenómeno de crescimento do mobile (por exemplo a Microsoft com o lançamento do novo Windows 8 ou o Facebook com a mudança de estratégia na área das apps).
É por isso cada vez mais importante que os marketeers desenvolvam estratégias que consigam tirar o maior partido desta evolução que tem tendência a acelerar nos próximos anos. A interação 1 para 1 em real time contextualizada pela localização e pelo conhecimento do cliente apresenta de facto enorme potencial e hoje está ainda muito pouco explorada.
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