O cemitério das APP’s

9 de março de 2015

O cemitério das APP’s

Miguel Caeiro, fundador The Street Brasil

Existem mais 2.5 milhões de APP’s prontas a serem baixadas, no entanto passamos 80% do tempo sempre nas mesmas.

Poucas pessoas realizam, mas as primeiras APP’s (Aplicativos) chegaram até nós nos velhinhos Psion e Palm no inicio da década de 90. Demorou quase duas décadas a voltarem no formato que hoje conhecemos, com o lançamento da Apple App Store em 2008, logo seguida pela Google.

Hoje em dia as grandes “ferramentas” que influenciam, moldam, guiam e alteram o nosso quotidiano são, para muitos de nós, APP’s. Exemplo relevantes dessa realidade são as APP’s de comunicação e relacionamento (Whatsapp, Viber, Snapchat, Tinder, Passport…) as APP’s de Redes Sociais (Facebook, Twitter, Instagram, LinkedIn, Google+…) bem como as de mobilidade urbana (Waze, EasyTaxi, Uber, …). Quem não reconhece estes aplicativos do seu smartphone?

App-Store-Optimization

O problema surge quando novos players querem chamar a atenção dos milhões de possuidores de smartphones no planeta, e se juntam aos mais de 2.5 milhões de aplicativos (somadas as lojas da Apple e da Google). Como se destacar, como chamar a nossa atenção, como dar nas vistas e tornar-se o próximo hit, como angariar utilizadores? Todas estas questões são hoje resumidas numa prática denominada ASO (App Store Optimization) em que alguns players começam a dar nas vistas e a ser indispensáveis para quem quer dar nas vistas.

tempo_appsComo seres humanos sedimentamos hábitos, pelo que não é de estranhar que os dados da ComScore mostrem que passamos praticamente 80% do tempo nas Top 5 App’s do nosso smartphone, quaisquer que elas sejam para nós.

Apesar da nossa diversidade pelo mundo, o Top 5 invariavelmente é composto pelo mesmo tipo de APP’s: Redes Sociais, Foto e Vídeo, Mapas e Navegação urbana são sempre os eleitos.

Os 3 passos da vida dos APP’s:

1)    Download – Ser baixado da APP Store. Para isto implica um APP ser falado, comentado, recomendado, comunicado, de alguma forma dar nas vistas e ser notado. Grandes investimentos de media são hoje colocados nesta componente. Manobras inteligentes de Public Relations revelam-se muito eficazes. Existem hoje em dia também a hipótese de negociar o chamado “pre-load” com os fabricantes e operadores, fazendo que o aparelho chegue à sua mão com o APP já pré-instalado.

2)    Activation – Ser Ativado. Normalmente implica um registo e um primeiro tutorial simples e elementar, em que é demonstrado o potencial do APP. Depois de baixado, muito esforço é colocado neste passo, nomeadamente com ferramentas de mobile marketing.

3)    Use – Uma vez nos ecrãs do smartphone resta o maior dos desafios, ser utilizado com alguma regularidade. Aqui a relevância, necessidade, complementaridade, atualidade e facilidade são fatores chave para que este desafio seja superado. Na verdade é nesta fase que “morrem” a grande maioria, passando o nosso smartphone a ser conhecido como um verdadeiro cemitério de APP’s que mais cedo ou mais tarde acabam por ser eliminados.

Se está a pensar lançar um APP para o seu negócio, pense bem a quem se dirige, a quem fará sentido utilizar e quanto terá que ser investido no esforço de cumprir com êxito estes 3 passos.

Aposto que vai dar uma refrescada no seu smartphone, limpar o cemitério, e escolher novos APP’s que vão, de forma relevante e significativa, melhorar o seu dia a dia.

“Do you want to spend the rest of your life selling sugared water or do you want a chance to change the world?”

 Steve Jobs.

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