O Brasil é sobejamente conhecido pela sua dimensão continental, pela exuberância da sua fauna e flora, pela beleza das suas paisagens, pelas suas matérias primas abundantes, e claro pelo futebol, samba e caipirinha, mas raros são os que conhecem esta gigante potência digital.
Claro que o 5º maior país do mundo em área impressiona com os seus 8,46 milhões de quilómetro quadrados impressionam, claro que a 8ª posição em PIB com os seus $3.3 triliões de dólares esmagam, mas na verdade o que surpreende são outras realidades menos conhecidas e que estão a mudar radicalmente este país.
O ritmo cavalgante de posse de smartphones, que se estima já ter ultrapassado os 70 milhões de aparelhos, correspondente a mais de 25% do impressionante “parque” de mais de 280 milhões de linhas móveis ativas, transforma o Brasil numa potência no mundo mobile, e permite à população uma acesso sem igual à internet mesmo em locais mais remotos e sem ligação pela linha fixa.
Ainda este sábado passado, um acontecimento exemplifica a grandeza destes números, destes impactos. Num dos programas da tarde, um apresentador bem conhecido, Luciano Huck (+15M seguidores Facebook , +11M seguidores Twitter), anfitreou, no seu programa, “O Caldeirão do Huck”, a cantora americana Demi Lovato de 23 anos, criando para o efeito o hashtag #DemiNoCaldeirao. Estamos a falar do mesmo dia em que Austrália e Nova Zelândia disputavam a Final Mundial de Rugby em Londres, jogos incríveis das ligas europeias de futebol, entre tantas outros acontecimentos, mas o trending topic numero 1 do mundo foi #DemiNoCaldeirao…
Falamos de um mercado em que a grande maioria dos acessos à internet já se faz via aparelho móvel, em que a esmagadora maioria dos vídeos é assistida na palma da mão, em que a famosa “segunda tela/ecrã” já é a primeira em muitas casas e seguramente nos jovens, em que o laptop e o email estão a ficar uma coisa de “velhos”, em que as operadoras já oferecem o consumo de dados para navegar nas redes sociais e em aplicativos de diálogo e conversa como o famoso Whatsapp, em que é raro ver alguém a falar mas é normal esbarrar em multidões que teclam furiosamente mensagens ao caminhar, comer, correr, estudar e infelizmente conduzir.
Falamos do Brasil com inúmeros empreendedores e muitos casos de startup’s de sucesso, falamos de empresas que sem estruturas pesadas ou mesmo quase sem capital, conseguem ultrapassar em valorização e em volumes de transações comerciais grandes “monstros da velha economia”.
Falamos de um País que está efetivamente a tirar partido do facto da Língua Portuguesa ser a 5ª língua mais falada na internet, com mais de 130 milhões de internautas, e a crescer muito rapidamente.
Com muita satisfação assisto, neste novo mundo digital, a construírem-se pontes e verdadeiras parcerias entre Portugal e Brasil, cruzando experiências, partilhando aprendizagens e mostrando para todo o mundo os seus casos de sucesso.
“O BRASIL NÃO É PARA PRINCIPIANTES“
Tom Jobim
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