A Brand Finance lançou recentemente mais uma edição do seu ranking Brand Finance Global 500, onde identifica as 500 marcas mais valiosas em termos globais.
Em traços gerais, podemos destacar a manutenção nos primeiros e segundo lugar pela Apple (pelo terceiro ano consecutivo) e pela Samsung, respectivamente. Os seus valores aumentaram 20 e 34 por cento, também respectivamente.
Em termos nacionais, os Estados Unidos continuam a liderar de forma destacada com 185 marcas e com 9 das 10 marcas mais valiosas.
Atentemos um pouco sobre as duas marcas que lideram este estudo, a Apple e a Samsung.
A Apple tem demonstrado uma capacidade única de “monetizar” a marca como ninguém. A habilidade de potenciar segmentos de mercado, como por exemplo o dos tablets através do seu Ipad, e toda a aura aspiracional com que produz e comunica os seus produtos tem permitido esta liderança e um crescimento sustentado do seu valor de marca. No entanto, colocam-se enúmeros desafios a esta liderança. O chamado efeito Steve Jobs paira como uma nuvem, colocando uma pressão adicional às novas “releases” que a marca prepara para um futuro próximo.
Para ilustrar esse fenómeno, existe um estudo muito curioso, publicado pela BAV Consulting (utilizando a Brand Asset Valuator database), que afirma que as percepções e atributos de exclusividade, fiabilidade e diferença, associados aos produtos da Apple têm vindo a cair aos olhos dos consumidores, em comparação com a forma como estes olhavam para a marca antes da morte de Steve Jobs.
Ao invés, o seu grande concorrente, a coreana Samsung, tem vindo a melhorar, substancialmente, a sua reputação em relação à fiabilidade e inovação através de uma gama muito alargada de produtos e seus segmentos. O enorme crescimento do sistema operativo Android, permitiu, de uma forma simbiótica, também à Google a consolidação do seu terceiro lugar. O forte crescimento destas no extremo oriente, com um excelente nível de penetração também contribuiu para o cimentar destas posições.
Desta forma, não havendo um qualquer movimento disruptivo por parte destes intervenientes, é de crer que a “guerra” pela liderança seja ainda mais forte durante os próximos anos .
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