Costumamos dizer que elas, as MARCAS, são como as pessoas.
Têm um físico, uma silhueta, um carácter, um ADN próprio, e claro, uma Personalidade única.
Já percebemos também que são fêmeas. E por isso dizemos muitas vezes que andamos a namorar ou a curtir, com a MARCA x ou y.
Vemo-la numa montra, num stand ou num spot TV e ficamos a roer-nos até a conquistarmos.
O Homem é um infiel incurável. Namora carros, motas, portáteis, relógios, roupas, casas etc… E, se puder ter um Mercedes e um Mini ou uma BMW e uma Vespa, ou um Ómega e um Swatch, ou uns Nike e uns Puma, tem. Ai tem tem!…
Eu já namorei com uma carrinha Mercedes. Dava-lhe banho à mão, com esponja e shampoo, limpava-lhe o pó, dava-lhe brilho aos sapatos, perdão aos pneus, perfumava-a e até a levava às consultas. E mais, quando chegava a qualquer lado, procurava o melhor lugar, leia-se seguro, e ia à janela olhar para ela. Estou a caricaturar… E sim é exagero, mas também tem muito de verdade. O namoro infelizmente só durou 4 anos, mas ainda hoje quando nos cruzamos sinto dor e uma enorme saudade.
E se há produto ou MARCA revelador da nossa personalidade é sem dúvida o automóvel.
Diz-me o que conduzes e dir-te-ei quem és.
A ligação, a relação doentia do homem com o automóvel, deveria ser tema de sofá no psiquiatra. O célebre filme Christine, “O carro assassino”,de John Carpenter nos anos 80, é um excelente exemplo da relação intensa e tensa entre os dois. A não perder!
A mulher, naturalmente ciumenta do automóvel, é igual ou pior nas suas opções de MARCA. Veja-se o recente fenómeno FaceBookiano da Pepa Queque com a Chanel e com roupa e sapatos.
Então perdem mesmo a cabeça. É a histeria, literalmente. Senão vejam aqui!
A questão de fundo é que não são muitas as MARCAS pelas quais vale a pena estarmos “in love”.
As tais “LOVE BRANDS”.
MARCAS que deveríamos usar emproadamente no dia dos namorados com as quais nos relacionamos e entregamos de alma e coração.
Eu até posso dar alguns exemplos, poucos, porque também aqui convém esconder um bocado o jogo. Às vezes até prefiro coisas sem MARCA. Nunca fui daqueles que as exibem e as mostram.
Há MARCAS que abusam, e na roupa isso é escandaloso. Espetam-nos com um logo de 5 cm e mesmo se quisermos não o conseguimos tirar. Isto é muitas vezes motivo para as deixar na loja. Quando se trata de Pólos num Open de Ténis com transmissão TV até dá para perceber. Agora no dia-a-dia, só se a MARCA me pagar…
Quanto maior e melhor for o estatuto da MARCA, mais ela deverá ser discreta.
E há até MARCAS que não consumimos e que não usamos mas que gostaríamos muito de namorar. Tal como uma Gisèle Bündchen ou uma Michelle Pfeiffer.
Nesta data, comprem MARCAS.
Pode ser um Swatch, um Acqua di Gio, um Dupont, um VW Beetle e ofereçam-na à vossa MARCA cara -metade.
Acima de tudo sejam originais e não óbvios.
Contrariem o Gaspar e animem a economia.
amei este texto!!!!!Eu tentei contrariar o nosso Amigo mas no acto de contrariar fiquei sem a carteira numa loja do Chiado….. Parabéns e nunca deixe de nos brindar com os seus artigos. Bjs