Num mundo em mutação acelerada, existem duas ancoras retrógradas que vão impedir o sucesso dos nossos filhos e travar a economia: a legislação laboral e a educação.
Existem poucas dúvidas que assistimos a uma transformação gigante no mundo do trabalho, quer no tipo de profissões que mais crescem, quer na forma de trabalhar, quer no local de trabalho, no horário, nos requisitos de capacitação necessários e sem duvida nos setores de atividades que mais empregos estão a criar.
Podemos inclusivamente especular em relação ao futuro próximo, ou ate mesmo um pouco distante, sobre o papel de automatismos e robots na substituição parcial e ate total de muitas das funções hoje desempenhadas por humanos.
Podemos até debater por anos sobre quais as profissões de futuro e mais importante ainda, como preparar as novas gerações para elas, que áreas de formação serão mais importantes e quais podemos (ou devemos) menosprezar.
Podemos (e devemos) continuar a debater e a influenciar as mudanças positivas de igualdade, seja de género ou por qualquer tipo de descriminação.
Mas, no entanto, existem dois eixos estruturantes que pouco ou nada mudaram e que, salvo eu esteja a ver pelo ângulo errado, poderão condenar uma ou mais gerações a completo fracasso, desmotivação e inclusive a algum travão económico face ao que assistimos de necessidades por parte do mercado. Estes dois eixos ultraconservadores e, atrevo-me a dizer, retrógradas, são:
- Legislação laboral;
- Educação;
Em relação à Legislação Laboral, ainda que tenha variações importantes de País para País, mais flexível e liberal em alguns países e mais rígida e conservadora em outros (onde infelizmente Portugal, Brasil e França se incluem), podemos observar que, de um modo geral, a sua adequação à realidade é incomparavelmente mais lenta do que o necessário, travado por interesses políticos, partidários, sindicais e de lóbis de classe que em pouco ou nada visam o interesse ultimo do trabalhador face ao seu emprego futuro, focando apenas na reivindicação dos mesmos direitos estabelecidos em realidades empresariais que em nada já se assemelha à realidade dos dias de hoje.
Em relação a Educação, basta ser Pai ou responsável de educação para nos apercebermos da rigidez dos modelos, programas e estratégias de educação que em pouco ou nada mudaram desde que nós próprios nos sentávamos naqueles bancos de madeira, e em alguns casos dos nossos próprios pais. A forma de ensinar, as matérias abrangidas, as prioridades e escalas de avaliação, a pouca reciclagem dos professores, a miserável remuneração dos professores, o pouco atraente que é ser professor nos dias de hoje, a rigidez de todo o sistema assusta e preocupa quem tem que acompanhar e guiar menores, sabendo de antemão que não os esta a preparar para o mundo real que vão enfrentar.
“The only place SUCCESS comes before WORK is in the dictionary” – Unknown.
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