Em 1984 (ano “mágico” para a ficção científica) profetizava o escritor de ficção científica William Gibson a propósito de um futurista “Ciberespaço”: “Uma alucinação consensual diariamente experimentada por biliões de operadores legítimos, em cada país”, “Um lugar para onde se vai com a mente, catapultada pela tecnologia, enquanto o corpo fica para trás” (“Neuromancer”).
Hoje, no “olho do furacão” da tempestade digital perfeita em que se tornou a “febre” Pokémon GO (apenas desde 06.07.2016 com epicentro na Austrália), encontramos poderes digitais tão poderosos como: videojogos (cujas receitas superam as do cinema), realidade aumentada (fusão entre os “mundos” real e digital), Smartphones (em número quase superior à população do planeta Terra), GPS (Global Positioning System), Google Maps, redes sociais, net (a “suspeita do costume”) e… (claro), Marketing Digital.
Esta febre digital do jogo de “geocaching” da Nintendo (Niantic) parece não poupar ninguém na Aldeia Global e está a contagiar crianças (pequenas e graúdas), profissões, fronteiras, culturas, religiões, ambientes de lazer, familiares (íntimos) e até profissionais.
Do ponto de vista da Proteção de Dados Pessoais e da Privacidade, este jogo para Smartphones (app) “grátis”, é um quebra-cabeças legal.
Expomos (sem refletir) a nossa localização, incluindo a outros gamers que cruzam a realidade aumentada (para não falar nos menores de idade que jogam nos seus Smartphones ou nos das “PokéMom´s”.
Embora na verdade me pareça que nenhum gamer (além do autor destas linhas) está minimamente preocupado com a troca do jogo “grátis” dos “Cibergambozinos” pelos seus dados e pela sua privacidade para fins de Marketing Digital.
Até as próprias forças de Segurança Pública, como a nossa PSP (Polícia de Segurança de Pokémones), quais RoboCops, estão (e bem) alerta neste Ciberjogo, com dicas para jogar em segurança.
A “app” mais descarregada de sempre acaba de atrair a famosa cadeia de “fast food” McDonalds com milhares de “restaurantes” transformados em Ginásios Pokémon, o que revela bem a força do Marketing Digital.
O que se segue? A “febre” do Mario Kart GO com realidade aumentada e condutores alucinados de Kart pelas estradas fora?
Entretanto vou continuar a “caçar” e se encontrar nas Políticas de Privacidade algum Zubat ou Clefairy, GOTCHA!
Boas Férias.
Muito bom artigo, esta “febre” abre um precedente, a profetização do conceito de “realidade aumentada” que já há muito vinha sendo anunciado, este terá sido possivelmente o “cavalo de troia” da realidade aumentada, as regras do mercado ditam que não tarda nada teremos mais febres como esta, com outras temáticas…. ainda assim nada pode prever o que chegará em 2017 com a maturação da entrada no mass market dos visores “VR”, cujas principais empresas tecnologicas estão prestes a inundar no Q4 já deste ano. Aquilo que nos define, como as regras do que é ou não a realidade que conhecemos, está prestes a mudar.