É recorrente escrever sobre a temática do retalho; um tópico relevante, quer do ponto de vista empresarial, quer do ponto de vista académico.
Entre outros elementos relevantes, o retalho proporciona ao consumidor uma experiência de marca inigualável do ponto de vista do marketing, uma vez que através do ambiente criado pelo layout e design de loja tem a possibilidade de criar ambientes únicos, relevantes e memoráveis, os quais são alavancados pela interação com os colaboradores em loja.
Podendo ser uma subvariável do marketing mix inserida na distribuição ou, pela sua complexidade e relevância, assumir um lugar autónomo (prefiro esta ultima hipótese), a verdade é que nenhum outro elemento do marketing consegue proporcionar tão indeléveis experiências como uma loja.
A compreensão deste fenómeno por parte das marcas de produtos e serviços e, por consequência, o seu avanço para criação de lojas de marca e showrooms é anterior ao seu avanço para o digital.
O que ainda não havia sido visto era o movimento contrário; isto é, uma marca que nasceu e cresceu no digital, avançar para o retalho. A notícia surgiu recentemente: a Amazon, a referência do e-commerce, procura uma loja em Manhatan – Nova Iorque (http://goo.gl/aYnh0c e http://goo.gl/AxynLf).
A notícia refere que a loja se destina à recolha de encomendas e a um showroom para kindles e outro hardware desenvolvido pela marca. É exatamente neste último ponto que está a importância e relevância estratégica da decisão. É necessário adicionar experiência de loja a estes produtos.
Não advogo a preferência ou supremacia de uns canais de retalho perante outros, antes que todos são relevantes e complementares. Se a presença no digital já estava amplamente provada, o exemplo da Amazon vem lembrar a relevância da loja.
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