O Facebook lançou há uns dias um estudo intitulado “Shift for 2020″ em que aborda de que forma é que as tecnologias emergentes pode influenciar o comportamento do consumidor. De acordo com o Facebook, até 2020 existirão mais pessoas com telemóveis do que com água e electricidade em casa no mundo. Esta tendência traz consigo diversas mudanças.
As grandes mudanças identificadas no estudo são:
Aumento da velocidade no consumo de media
O consumo de media tem vindo a ficar cada vez mais acelerado, sobretudo porque grande parte deste consumo é feito através de mobile e acompanhado com um rápido “sroll down” no caso do News Feed do Facebook. Interessante estes dados que nos confirmam que o consumo em mobile de media é muito mais rápido do que em PC, o que traz desafios para as marcas, pois esta velocidade obriga a investimento criativo nos anúncios quer em termos gráficos quer em termos de copy para que a mensagem passe com eficácia.
Aumento exponencial do vídeo em mobile
A produção e consumo de vídeo em mobile tem vindo a aumentar em grande parte devido à mudança no algoritmo do Facebook que privilegia conteúdos vídeo em detrimento de outro tipo de conteúdos (fotografia, texto, etc). Existe maior probabilidade de uma marca/pessoa que produza um vídeo e que faça upload nativo no Facebook (ao invés de colocar link para o Youtube) de ter um maior alcance orgânico com a publicação. No que diz respeito ao mobile, esta forma de acesso ao Facebook representa já cerca de 85% do tráfego. A combinação entre estas duas tendências é explosiva. De acordo com o Facebook, as pessoas vêm 1.5 vezes mais vídeo diariamente num smartphone que num computador. Os millennials são 1.35 vezes mais propensos que as gerações mais velhas a estarem mais focados quando vêm vídeos em mobile.
O surgimento dos vídeos em direto
Os live videos no Facebook tem vindo a tornar-se cada vez mais populares. Este estudo indica-nos que o tempo dispendido a ver vídeos live cresceu 4 vezes mais durante num ano. Muitas marcas têm vindo a utilizar os vídeos em directo em diversas circinstâncias como eventos, entrevistas curtas, captar bastidores, etc. Este conteúdo é claramente favorecido pelo algoritmo do Facebook e influencia também as interações que por sua vez tem impacto na taxa de engagement das páginas, sendo uma forma de aumentar o alcance orgânico, agora que cada vez mais o Facebook se assume como um meio pago.
O impacto das tecnologias de realidade aumentada (AR) e realidade virtual (VR)
Se há uns anos a discussão era qual das duas tecnologias iria vingar, hoje em dia parece ser consensual que a criação deste tipo de experiências tende a fundir-se. De acordo com Michael Abrash da Oculus, a distinção entre VR e AR vai desaparecer. Ambas as realidades vão-se fundir ao longo do dia de acordo com as necessidades do utilização. Da parte dos fabricantes de hardware, esta é também uma tendência. Os mais recentes dispositivos móveis, como por exemplo o ASUS Zenfone AR já traz incorporado ambas as tecnologias. Espera-se também novidades por parte da Apple com o lançamento do Iphone 8.
A utilização crescente de assistentes virtuais
Segundo um estudo da Gartner os assistentes virtuais vão reconhecer os individuos pela face e voz através dos vários canais e em 2020 vão facilitar cerca de 40% das interações em mobile. Um outro estudo do Facebook divulgado este ano diz-nos que cerca de 85% das interações vão ser geridas sem a intervenção humana.
Em suma, grande parte das tendências evidenciadas neste estudo já fazem parte do nosso dia à dia, contudo são revelados alguns dados que podem indicar caminhos sobre o comportamento das mesmas num futuro próximo, que por vezes subestimamos. Tal como diz Bill Gates: “We always overestimate the change that will occur in the next two years and underestimate the change that will occur in the next ten”.
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