Nas palavras de Carlos Coelho – indiscutivelmente, uma das grandes referências portuguesas no domínio da construção e gestão de marcas -, “as marcas são os sonhos dos homens perpetuados na economia”. A leitura que se pode fazer deste pressuposto é a de que toda e qualquer marca, associada a um produto ou serviço, tem como principal objetivo um conjunto de vantagens económico-financeiras, que se associam à satisfação das necessidades de qualquer consumidor, resultando na fidelização do mesmo.
Estima-se que mais de 60% das vendas de novos clientes podem ser atribuídas a recomendações boca-a-boca, sendo cinco a sete vezes mais caro atrair novos clientes do que reter os atuais. Um aumento de 5% na lealdade dos clientes traduz-se num aumento de 25-95% dos lucros em 14 indústrias. É seguro afirmar-se que uma das maiores forças competitivas para conquistar o mercado é a lealdade dos consumidores.
Um elevado grau de lealdade do consumidor, traduz-se numa grande vantagem e uma base de clientes mais estável. É portanto, uma fonte de receitas estável; uma boa fonte de informação boca-a-boca (WOM); um fortíssimo canal publicitário que liga informalmente a rede de amigos, familiares, colegas de trabalho e outros potenciais clientes.
Segundo a Organização Mundial do Turismo (2004) para concorrer no mercado turístico, as organizações dos sectores público e privado devem saber quem são os seus clientes e o que desejam, devem ser capazes de comunicar a disponibilidade dos seus produtos e serviços turísticos aos potenciais clientes e convencê-los a voltarem a recorrer os seus produtos ou serviços. No que respeita ao turismo nacional, o território é constituído por cinco Entidades Regionais de Turismo, com responsabilidades a este nível, em particular, da gestão e promoção da sua “marca”.
Programas como o “Imagens de Marca” – que adotam estratégias de grande proximidade à (s) realidade (s) do País e das suas sub-regiões, e que com uma narrativa assente em conceitos de modernidade e de atratividade, contam a sua história e relembram a importância das suas mais profundas tradições -, “dão palco” a histórias de sucesso, ao trabalho diferenciador e de qualidade de empresários e instituições públicas, evidenciam projetos de excelência e com elevados padrões de qualidade, consolidam as marcas territoriais, “abrem a janela” dos destinos regionais e sub-regionais e uma nova oportunidade de divulgação dos mesmos.
Com isto, contribuem, significativamente, para criar e consolidar a sua “personalidade”, a sua imagem mental, e colocam o destino no mind set dos turistas no momento de escolha de um destino de férias. Resta ao “destino” corresponder, surpreender, emocionar e, se possível, superar.
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