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É vulgar afirmar-se que o marketing procura dar resposta a três aspetos cruciais na vida das empresas: I) identificar necessidades e oportunidades de mercado que possam ser transformadas em bons negócios; II) ajudar no desenvolvimento desses mesmos negócios não apenas ao nível da conceção do produto e de eventuais serviços associados mas também da sua promoção e distribuição; e, por último, III) contribuir para uma correta definição do preço que assegure a criação de valor para a empresa e para os clientes.
Todavia, com a crescente importância do empreendedorismo e o consequente surgimento de startups de elevado potencial, a questão que se coloca é a de saber se os princípios gerais do marketing se aplicam a este novo tipo de organizações emergentes.
As startups são, com frequência, empresas de base tecnológica com potencial para atuarem no mercado global desde o primeiro momento. Uma característica importante é que, apesar disso, são em geral constituídas por um número reduzido de colaboradores especialistas em determinadas áreas específicas do conhecimento. Neste contexto, o marketing dessas empresas tende a ser um mix de marketing business-to-business e de marketing de serviços com uma forte dose do marketing pessoal dos próprios promotores do negócio.
O marketing de uma startup tem pois uma elevada carga individual, não sendo por isso apenas de índole organizacional tal como geralmente é apresentado nos manuais de marketing. Isto significa que alguns dos fatores críticos de sucesso passam pela visão e criatividade do empreendedor, pela sua capacidade de foco aliada a um bom networking e, principalmente, pela resiliência que for capaz de demonstrar face aos desafios que vai enfrentando no dia-a-dia. Em suma, no Entrepreneurial Marketing, para além das abordagens e ferramentas de marketing clássicas, interessam as componentes individuais e subjetivas de quem pretende levar para a frente negócios inovadores e globais.
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