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Sim de facto o marketing tem desemprego.
Ao analisar os dados dos desempregados com educação superior, verifiquei que a área de conhecimento com maior índice de desemprego são as ciências empresariais com 16% do total de desempregados e, dentro desta, a gestão toma a dianteira com 50%, logo seguida do marketing e publicidade com 22%.
Do meu ponto de vista são números preocupantes e exigem reflexão sob 2 pontos de vista, o da educação e o da profissão.
Antes da reflexão, importa fazer uma breve análise do contexto em que se tem desenvolvido a profissão. Assim, a crise económica impõe às empresas o famigerado ajustamento que, indubitavelmente, passa pelos departamentos de marketing e seus budgets. O marketing é sempre mais relevante em fases de crescimento. Por outro lado, o desenvolvimento tecnológico e os desenvolvimentos ao nível do conhecimento da mente humana, são alterações com consequências no comportamento humano (sociabilização e decisões de compra) que alteraram os paradigmas do marketing, principalmente na variável comunicação.
Assim, do ponto de vista da educação, talvez tenhamos cursos desenvolvidos com base no old fashion marketing, ou seja, sem incorporar o impacto da tecnologia e do neuromarketing no marketing mix, no conceito de serviço e no marketing experiencial e, por consequência, desenvolvemos profissionais com débeis competências no digital e nas ferramentas de neuromarketing, que são hoje os drivers do marketing.
Do ponto de vista profissional, os profissionais no ativo estão submetidos às pressões de ajustamento, mas mais importante que isso, aos desafios de mudança de paradigma. São por isso chamados ao desenvolvimento da criatividade e inovação que potencie as novas ferramentas e conceitos.
Vivemos momentos de constante instabilidade e necessidade de aprendizagem, mas também uma época fantástica para a experimentação.
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