Em época de crise, as boas notícias são bem-vindas, posto que devolvem a esperança e a energia positiva para as pessoas. Apesar de a criatividade não ser, para muitos, sinónimo de economia, negócio, renda, é ela que está elevando não apenas a auto estima dos brasileiros como também os números: o setor cresceu 90% na última década.
A indústria criativa é uma tendência dominante na economia e está dividida em quatro grandes áreas: consumo; cultura; médias e tecnologia. Na tecnologia estão as (sub)áreas da biotecnologia, pesquisa e desenvolvimento, tecnologia da informação e comunicação – TIC. Como exemplos, podemos citar desde os games às cidades digitais. No país do futebol, os jogadores de games (jogos digitais) estão transformando a brincadeira em profissão e, cada vez mais, a indústria de videogames contrata mais profissionais no Brasil. Em Águas de São Pedro, a cidade digital do interior de São Paulo, os dispositivos tecnológicos facilitam a vida de seus habitantes e os conectam ao mundo.
A média (editorial, audiovisual) juntamente com a cultura (património e artes, artes cênicas, música, expressões culturais) ultrapassam as fronteiras. É por meio da literatura que a marca verde-amarela chega até a França, que homenageia o Brasil no Salão do Livro Paris 2015, de 20 a 23 de março. São 45 escritores que nos representam e apresentam nossa cultura. Entre eles estão o premiado escritor e redator publicitário, João Carrascoza, e a escritora e atriz Fernanda Torres.
No consumo (arquitetura, publicidade, design, moda), a criatividade brasileira também conquista seu espaço, seja nas curvas livres e sensuais de Niemeyer, nas campanhas publicitárias memoráveis de Olivetto, na irreverência do design-arte dos irmãos Campana ou (re)criação da moda e dos modos do Brasil.
Os criativos inventam as coisas e delas nascem as marcas, a propriedade intelectual… um universo de possibilidades que faz da indústria criativa um dos segmentos mais importantes do Estado na geração de empregos e renda. Isto significa dizer que sua relevância deve (ou deveria) resultar em inovação das políticas públicas de incentivo aos profissionais e ao fomento para o desenvolvimento da área e, por consequência, elevaria a economia. Em época de crise… é bom ser criativo!
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