António Jorge, Consultor e Docente Universitário

O tópico central das escolas de gestão e das organizações enquanto procura de resposta para a resolução da crise desviou-se do empreendedorismo, para a criatividade nos negócios.

Estudos recentes revelam que, ao nível mundial, existe falta de criatividade no ensino e na prática de gestão. Já em 2007 Gary Hamel alertava para o facto de estarmos todos a utilizar os mesmos métodos e conceitos.

A mudança de foco do empreendedorismo para a criatividade é um progresso no sentido da solução, uma vez que é esta o elemento gerador das condições para a criação e manutenção do empreendedorismo e, além disso, prepara os gestores para o novo paradigma.

A Sociedade e Economia de hoje e do Futuro assentam na instabilidade amplificada por uma “estonteante” velocidade; realidade que nos obriga a estar preparados para mudar com a mesma velocidade, aliada a eficiência e eficácia.

O Ensino e, por consequência a Gestão não estavam preparados para esta realidade. Embora a Gestão seja uma Ciência Humana os seus conceitos e metodologias tem vindo a introduzir simplificação e generalização que permita a modelização e a aproximação aos raciocínios das ciências exatas; ou seja, ao invés do agora necessário.

Necessitamos de uma “revolucionária” forma de aprender e executar, procurando novos conceitos de gestão, maior capacidade de adaptação e de identificação de oportunidades.

O Futuro está na adição da criatividade e dos processos criativos à Gestão, permitindo assim flexibilidade, inovação, iniciativa e valor acrescentado, quer na criação de novos negócios, quer na renovação dos existentes.

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