Como estamos de Marcas e Patentes?

12 de julho de 2013

Como estamos de Marcas e Patentes?

António Jorge, Consultor e Docente Universitário

Um dos indicadores que ajuda a compreender a dinâmica de inovação e lançamento de novos negócios, é o número de marcas e patentes.

O relatório do World Economic Property Organization de Mai13 revela: um significativo crescimento de 2005 a 2007, no respeita a marcas registadas, tendo vindo a decair desde então, até 2011 (ultimo ano analisado pelo relatório), ano em que volta a existir um pequeno crescimento. Relativamente a patentes o seu crescimento inicia-se também em 2005, atingindo o seu auge em 2009 e começando a cair desde aí. Comportamento diferenciado tem o design industrial cujo crescimento se inicia em 2003 e ainda mantém uma tendência positiva. Infelizmente não possuímos os dados de 2012, mas as series de dados levam a crer que as tendências referidas não se alteram.

Os resultados económicos resultantes das marcas e patentes, bem como do design não são imediatos pois, o ciclo de vida dos produtos leva algum tempo a desenvolver-se; contudo as tendências de decrescimento das marcas e patentes indiciam alguma falta de vigor na geração de inovação e valor, o que contribui para maior dificuldade no relançamento da economia.

Notícias positivas surgem do lado do design industrial cuja tendência de crescimento revela que a indústria portuguesa procura um caminho de produção e identidade próprias, por oposição à tradicional produção para terceiros. Importa no entanto, para uma sustentação no longo prazo, que estes produtos sejam chancelados por marcas afim de garantir reconhecimento e notoriedade, bem como evitar a contrafação.

O marketing enquanto interpretante das necessidades e das tendências, tem responsabilidades de desenvolvimento da criatividade indutora de inovação e as Universidades, enquanto centros de desenvolvimento de conhecimento, de o procurar fazer de forma aplicada a fim de gerar novas patentes.

Não esqueçamos os investimentos em investigação e desenvolvimento, pois esse foco no médio e longo prazo é essencial para a sustentabilidade das empresas.

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Comentários (2)

  1. ESCLARECEDOR.

    por: CARRASCO DE CIMA,
  2. obrigado

    por: Antonio Jorge,

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