Um fenómeno que tem passado algo despercebido, tem sido o foco que as autoridades chinesas têm posto na gestão e valorização das suas marcas. Marcas como o ICBC (banca), Huawei (Electrónica de consumo) ou Baidu (Comércio eletrónico) têm vindo a ascender, ano após ano, nos rankings publicados pelas principais consultoras de avaliação de marcas. Independentemente dos valores diferirem entre cada uma dessas consultoras, é um facto inegável, que as marcas chinesas têm contribuido significativamente para os crescimento global da economia, ao mesmo tempo que têm sido um dos maiores contribuidores para a criação global de valor de marca.
De acordo com o Brand Finance Global 500, entre as quinhentas marcas mais valiosas do mundo já encontramos vinte e cinco de origem chinesa, sendo que cerca de um terço destas são marcas bancárias.
Parte destes bons resultados se deve à dimensão do negócio dentro de portas. No entanto, o desempenho fora de portas, por parte de algumas destas marcas, a par do aumento da sua notoriedade, reconhecimento e consideração nos mercados internacionais, em especial nos mercados emergentes e de rápido crescimento, dão nota da transição em marcha para preocupação de uma gestão mais cuidada das marcas chinesas.
Uma iniciativa pouco difundida por terras lusas, e que reveste uma importância capital para o reconhecimento da disciplina de avaliação e gestão de marcas, como uma das matérias fundamentais da gestão, é o recente acordo sino-americano para integrar o comité que introduziu e regula a aplicação da norma ISO 10668, que define os critérios no processo de avaliação de marcas.
Neste âmbito, as autoridades chinesas criaram um organismo para analisar e integrar o comité acima referido, o que torna claras as suas intenções de evoluir para uma economia de marcas fortes.
Por outro lado, a presença do “gigante” chinês neste painel, vem alargar o consenso sobre esta prática, ao mesmo tempo que reforça a sua importância no contexto global da gestão.
Como sabemos, marcas fortes são drivers de crescimento ou recuperação económicas . É caso para dizer China is now putting money where its mouth is!!!
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