A História de um Povo que Resiste. Imagem de Marca de um Território. O Centro de Portugal.
Há poucas semanas um incêndio deflagrou no território do Pinhal Interior, no Centro de Portugal. Milhares de hectares de floresta arderam. Populações foram afetadas. Perderam-se dezenas de vidas humanas.
Este é o retrato sumário, frio, simplista e nu de uma tragédia que se abateu sobre o nosso país e que deixará marcas profundas, ocupando, com sobranceria e alguma soberba, um importante lugar na história contemporânea de Portugal.
O país parou. E o mundo pareceu querer acompanhar esta cadência. Pulularam imagens, fotografias, vídeos, numa transmissão ao vivo, 24 horas por dia, do fogo, das cinzas, das pessoas, dos bombeiros, dos políticos, das estradas, dos rios,… Foram momentos de enorme carga emocional onde – e é já uma ideia que se começa a tornar consensual -, se ultrapassaram as barreiras da razoabilidade, tudo “em nome da informação”, caindo-se num certo “exagero dramático”.
Nunca se falou tanto no Centro de Portugal. Ou no “Center of Portugal”. Que para muitos (e da forma como foi “contado”), terá ficado reduzido a cinzas e a carvão. Falo-vos hoje, portanto, da História de um Povo que Resiste, Imagem de Marca de um Território, O Centro de Portugal.
Em Pedrogão Grande, em Figueiró dos Vinhos, em Castanheira de Pera, em Góis, na Sertã, em Penela e na Pampilhosa da Serra, ainda há verde, ainda há azul, ainda há vida. Ainda há percursos pedestres capazes de fazer esquecer, em segundos, o rebuliço das grandes cidades; ainda há casarios de uma autenticidade única e incomparável; ainda há praias fluviais com águas frescas e límpidas; ainda há empreendimentos turístico de qualidade; ainda há empresas de animação turística, que conhecem, ao milímetro a riqueza natural daqueles montes, rios e vales; ainda há restauração capaz de potenciar as melhores experiências gastronómicas.
Mas acima de tudo: ainda há pessoas. E as pessoas desta região são valentes. São resilientes. São persistentes. São competentes, empreendedoras, inovadoras, criativas, sensíveis. São elas que animam, capacitam e dão vida a este território. E fazem-no hoje com mais vontade do que nunca.
Fazem-no sozinhas, a dois, a três, em grupo ou em rede. Em termos setoriais, no que respeita ao Turismo, o projeto das Aldeias do Xisto é disto um enormíssimo exemplo. É de louvar a forma como se estruturou e atuou neste momento de grande ambiguidade, onde é necessária rapidez na ação, mas simultaneamente, uma enorme ponderação, reflexão e estratégia. Tem sido um enorme parceiro da Turismo Centro Portugal e do Turismo de Portugal, no desenvolvimento de toda uma estratégia a dois ritmos: recuperar para promover; promover para desmistificar.
Neste caso, como em quase todos, “trabalho em rede, parcerias e complementaridade” são os elementos-chave decisivos na recuperação e promoção dos territórios e das populações. Um exemplo paradigmático de que com trabalho sério, concertado e dedicado, com criatividade e inovação, com envolvimento e com paixão, será possível dotar a marca “Centro de Portugal” e deste território – hoje associada, nacional e internacionalmente, à tragédia -, do seu verdadeiro valor.
Contamos com a solidariedade de todo o povo português neste caminho. Porque esta SIM, é a História de um Povo que Resiste, Imagem de Marca de um Território, Portugal.
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