Nem só de mar e praia vive a estação mais quente do ano no nosso país. O verão marca também a época alta dos festivais de música em Portugal.
Mais de uma centena de festivais de música, ofertas ecléticas, formatos para todos os gostos, de norte a sul do país, são, para além de eventos com uma enorme adesão de público, ativos de comunicação muito valiosos.
Os resultados da Grande Maratona Mediática dos Festivais de Verão, um estudo da Cision que acompanha o mediatismo dos maiores festivais de verão nacionais, falam por si: um interesse massivo dos media por todos os momentos dos festivais – desde o anúncio dos cabeças de cartaz à sua realização propriamente dita; o grande envolvimento das pessoas com os eventos, refletido nos seus comentários, gostos e partilhas nas redes sociais.
Se por um lado, é latente, e natural, o interesse da agenda mediática por estes eventos, facto que desde logo lhes garante excelentes níveis de notoriedade; por outro lado, o envolvimento que conseguem com o público, quer presencialmente, quer através das redes sociais, colocam-nos numa posição privilegiada para ativação de ações de comunicação integrada 360º.
Os festivais de verão são, em Portugal, uma indústria em franco crescimento e que vive muito para além das equações de bilheteira que sustentam os negócio dos eventos tradicionais. A sua dimensão ganha particular relevância quando eles passam a ser ativos de comunicação extremamente apetecíveis para as maiores marcas nacionais, pois são geradores de histórias marcantes e de oportunidades únicas de diferenciação e de envolvimento com as pessoas.
As histórias criadas em torno dos grandes festivais são facilmente comunicáveis e, para além da proeminência que conseguem alcançar junto dos media e das redes sociais, constituem um ativo importante para grandes marcas, que procuram aproximar os seus valores aos valores da música, da cultura e de uma nova geração de consumidores que vive conectada, presencial e virtualmente, a estes grandes eventos.
Desta forma, para além da disputa entre festivais concorrentes, verifica-se, uma forte disputa entre marcas que concorrem, não pela sua posição no mercado onde atuam, mas pela posição dos seus ativos mais valiosos de comunicação. Neste território, MEO, NOS, Vodafone, Super Bock, Sumol, Sagres, EDP, entre outros, não concorrem entre si para ganhar quota de mercado, mas concorrem para ganhar posicionamento e imagem de marca.
Os festivais disputam cartaz, afluência de público, mediatismo, reconhecimento nacional e internacional, já as marcas disputam histórias, experiências, engagement e comunicação.
Existe uma diferença entre o mediatismo dos festivais e o mediatismo alcançado pelas marcas que os apadrinham que Rock in Rio Lisboa e Nos Alive evidenciam:
O Rock in Rio quando acontece em Portugal, tem sido o mais festival mediático, sustentado em parcerias de media fortíssimas e numa capacidade de produção de conteúdos de forma continuada que vai muito para além do momento de realização do evento. Contudo, a grande marca do Rock in Rio é mesmo o Rock in Rio. E apesar das oportunidades de exposição de marca que o evento concede aos seus principais patrocinadores, estes nunca chegam verdadeiramente a passar de personagens secundárias do enredo.
O NOS Alive é o que melhor retorno proporciona ao seu patrocinador principal – Para além de ser um festival de excelência, com um cartaz que nos tem habituado a ser de uma qualidade irrepreensível, e de ter uma dimensão internacional relevante, faz parte da própria identidade da marca NOS, faz parte da sua própria forma de estar no mercado e na vida da generalidade das pessoas, dos seus clientes e dos seus fãs.
Além-fronteiras, a promoção dos festivais portugueses através da comunicação social internacional assume particular importância, como forma de posicionar a oferta turística nacional junto de uma nova geração que não se identifica propriamente com fado e tradição. Procuram experiências, noite, sol, música, emoção e intensidade, e, nessa medida, os festivais são um atrativo forte para sustentar uma oferta turística mais jovem.
O NOS Alive tem-se destacado como um dos grandes embaixadores desta cultura alternativa que revela uma nova Lisboa no panorama da oferta turística internacional.
Nas redes sociais, os festivais reúnem milhares de fãs que pretendem estar atualizados ao detalhe sobre todas as novidades sobre o evento.
O forte dinamismo conseguido nas redes sociais transporta os eventos muito para além dos seus momentos de realização. Aqui trocam-se ideias, fluem sentimentos, geram-se expectativas e partilham-se recordações.
A interatividade dos organizadores é, na generalidade, bem planeada e estruturada e existe um excelente engagement entre os festivais e os seus fãs, o que coloca estes espaços digitais no topo dos mais eficazes para ativação e disseminação viral de histórias.
A temporada de 2016 dos festivais de verão ainda mal começou já conta com uma presença mediática considerável. O NOS Alive foi o grande vencedor da Grande Maratona Mediática dos Festivais de Verão em 2015, mas 2016 é ano de Rock in Rio em Portugal, pelo que será, sem dúvida, muito interessante acompanhar este estudo.
Quem vencerá a corrida?
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