12 Meses, 12 conselhos para uma comunicação mais eficaz

9 de janeiro de 2015

12 Meses, 12 conselhos para uma comunicação mais eficaz

Alberto Rui Pereira, CEO Mediabrands Portugal

A comunicação desempenha um papel crucial na criação e no desenvolvimento das marcas. Sem comunicação não há marcas e com recursos cada vez mais escassos, a eficácia da comunicação traduzida em resultados, é cada vez mais premente e essencial.

No início de um novo ano, que se espera positivo ao nível da comunicação e investimento das marcas, nada como relembrar alguns princípios, uns mais relevantes do que outros, mas todos com um manifesto impacto na eficácia da comunicação.

1 Objetivos claros e mensuráveis

A definição e clarificação dos objetivos é o primeiro passo que tem que ser dado quando falamos de comunicação e do investimento necessário para a suportar. Quando comunicamos temos de saber em 1ª instância o objetivo que nos propomos atingir, e este deverá ser claro, quantificável e mensurável. Só assim poderá orientar a nossa comunicação e, acima de tudo, poderemos saber se esta foi eficaz.

2 Objetividade e simplicidade

Definido o porquê – o objetivo – é importante definir como o vamos atingir e qual a mensagem que nos propomos comunicar. Deve-se evitar querer comunicar diferentes mensagens em simultâneo ou mensagens complexas e de difícil descodificação. Ser seletivo e evitar a dispersão. O foco deverá estar na mensagem e esta deve ser comunicada de forma simples e clara.

3 Informação e Conhecimento

 O conhecimento profundo do mercado, da concorrência e do consumidor, é um fator decisivo no desenvolvimento de uma estratégia que possa, de uma forma mais eficaz, atingir os objetivos propostos. O acesso à informação e mais importante ainda, a forma como essa informação é filtrada, tratada e utilizada, é hoje um dos fatores críticos no sucesso da comunicação.

4 Visão estratégica, integração e consistência

A definição de uma estratégia integrada e consistente ao longo de todos os passos e touchpoints utilizados, é outro dos passos determinantes para a eficácia da mesma.

5 Arriscar / Ousadia

Estamos num mundo em mudança permanente e a comunicação está também nesse registo. Gerir essa mudança implica testar, experimentar, arriscar, fazer diferente e ser audaz. Só assim se poderá estar na linha da frente, só assim se lidera na mudança, só assim nos diferenciamos e damos passos qualitativamente relevantes. E quando assim é, somos mais eficazes, produzimos mais e melhores resultados, porque estamos um passo mais à frente. Sem se correr riscos, sem se ser audaz isso não é possível.

6 Relevância

O que comunicamos para além de ter de estar em consonância com os valores da marca tem de ser relevante, tem de acrescentar algo, tem de ter valor para o nosso target. Só assim terá sucesso porque responde a um anseio ou a uma necessidade relevante para o nosso target.

7 Criatividade/ Inovação

A criatividade e a inovação na forma como comunicamos terão sempre um papel crucial no sucesso da nossa comunicação. Num mundo em que a informação, a racionalidade e ROI do nosso investimento assume cada vez mais relevância, não nos podemos esquecer que as “ideias” e a criatividade continuam a ter um papel chave. A nossa comunicação tem de ser criativa, inovadora, diferenciadora. Tem de chamar a atenção e destacar-se do ruido, sem nunca perder a relevância, a simplicidade e a consistência com os valores da marca.

8 Estar nos touchpoints relevantes

A revolução tecnológica e a digitalização provocaram uma multiplicação dos touchpoints disponíveis, bem como uma mudança na forma e tipo de consumo dos mesmos. Selecionar os touchpoints que melhor respondem à mensagem e conteúdo que queremos passar e aos hábitos de consumo do nosso target, é determinante para a eficácia da nossa comunicação. Estar no sítio certo, na hora certa, através do touchpoint que melhor responde naquele contexto, é crítico para o resultado final.

9 Acompanhar/ Avaliar/ Medir

Só se pode assegurar a eficácia da nossa comunicação se a mesma for alvo de acompanhamento, avaliação e medição dos resultados. Só assim saberemos se atingimos os nossos objetivos e em que medida é que fomos eficazes. Só medindo sabemos o que correu bem, o que correu menos bem e as razões porque assim foi. Só medindo podemos fazer o balanço, corrigir eventuais falhas ou erros e retirar learnings para o futuro. Só se é eficaz se se for eficiente. Temos de assegurar a eficiência do nosso investimento, ou seja, que o mesmo é rentável face aos resultados produzidos e ao investimento realizado nas diferentes fases. Medir não é um custo mas antes uma componente importante do investimento, pois assegura o ROI do mesmo.

10 Agilidade/ Flexibilidade

No mundo em mudança é preciso ser ágil e flexível. O processo de comunicação não é estático, mas dinâmico. Temos de ter a capacidade de agir e desviarmo-nos do plano inicial, em função do acompanhamento e avaliação que formos fazendo da implementação estratégica, para que os objetivos possam ser atingidos.

11 Explorar conteúdos

No centro da comunicação estão os conteúdos e são estes que geram as audiências e o tráfego de e para os vários touchpoints. Cada vez mais, marcas e conteúdos têm de conviver integrados, têm de ser relevantes e naturais. A integração das marcas nos diferentes conteúdos será cada vez mais importante.

12 Potenciar o Earned Media

É crucial que o investimento feito pelas marcas através dos touchpoints pagos e através das suas próprias plataformas, se possa também traduzir em Earned Media e que esta componente seja potenciada, gerando cada vez mais valor. No desenvolvimento da estratégia, este fator deverá ser considerado e pensado, para que se possa gerar o maior valor possível de “ruído” não pago e com isso rentabilizar fortemente o investimento e os resultados.

A comunicação não é uma ciência exata, e embora a sua componente quantitativa tenha vindo a ganhar mais relevância, existe uma vertente não diretamente mensurável, que é o que continua a fazer toda a diferença. Para além dos números, a força da “ideia”, a sensibilidade, o arrojo, a capacidade de arriscar e de sair do óbvio e do conhecido, é o que torna a nossa comunicação única, diferenciadora e logo, mais eficaz.

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