Confesso que tenho algum apego ao FaceBook. Não me considero um heavy user, mas vou lá numa base mais ou menos diária. Dou-me bem com ele. Uma relação equilibrada, saudável e divertida. Acredito que o tempo que por lá passo me enriquece enquanto pessoa e também do ponto de vista profissional.
Numa dessas viagens, encontrei esta imagem curiosa, escrita a giz numa ardósia, que me fez pensar.
“ Un café 2,00 € .
Un café s’il vous plait, 1,80 € ”
Fez-me pensar pela originalidade, pela força da IDEIA, mas acima de tudo pela oportunidade.
Nesta conjuntura não consumista que está aí para ficar e que vai tocar todos os negócios sem excepção e numa altura em que conquistar e fidelizar clientes é uma missão complexa, esta mensagem é na mouche.
A mim atingiu-me.
Vivemos todos a correr em ritmos frenéticos, não temos tempo nem paciência para muita coisa. Passamos a vida a queixarmo-nos, é um dia de cada vez…etc etc…
Mas nada disto é, deveria ser desculpa para não sermos delicados e simpáticos no dia a dia. No fundo somos pessoas. Porra !
Acho que este cartaz, ou melhor a sua mensagem de fundo, deveria estar á porta de todo o tipo de lojas, nos portageiros da Brisa, nas biheteiras, nos restaurantes, na estações de serviço (apesar dos preços chocantes, quem lá trabaha e contacta consigo não tem culpa…) no Táxi, etc etc…
Já a questão do desconto fica ao critério de cada um.
Todos sem excepção temos a obrigação, ou o dever se preferirem, de ser simpáticos e generosos. Cada um que escolha a sua escala. A indiferença, a arrogância, “as trombas” transformam-nos em pessoas menos pessoas e vamos ganhando automatismos e maneiras de actuar face ao outro pouco dignas e pouco humanas.
Normalmente, costumo desejar Bom Ano ás pessoas até ao fim do primeiro trimestre. Não custa nada. As pessoas até acham esquisito, mas porque não? É só a seguir á meia noite e na semana seguinte?
É como rir. Li há tempos que os franceses riam-se uma média de 19 minutos / dia e hoje andará á volta dum minuto. Triste.
Talvez por isso hoje se organizam seminários sobre o riso.
Acho que a carência está muito presente na vida das sociedades modernas, ocidentais, ou o que lhe queiram chamar.
O materialismo, a vontade, a ânsia de ter, ter, ter, reduz-nos a matéria.
Daí o êxito de acções tipo FREE HUGS e os próprios Flash Mob.
Eles quebram barreiras estúpidas das pessoas, convidam á partilha e participação simples e genuína de emoções.
E Você, há quanto tempo não RI, não diz OBRIGADO e não diz POR FAVOR ? E já agora se fizer RIR alguém, o céu é garantido.
Quando abrir o meu negócio vou me inspirar nesta Ideia.
OBRIGADO por ler este artigo e não me venha dizer que é lamechas…
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