24 de junho de 2009

Entrevistas

Imagens de Marca: Afirma que o Inspira se baseia num novo conceito de gestão hoteleira. Que conceito é esse?


Daniel Frey: Não lhe chamaria um conceito novo, mas antes uma maneira diferente de fazer negócio. Denominamos esta política de cultura holística (também chamada quadruple bottom line), onde os elementos se inter-relacionam e interdependem uns dos outros. Em resumo, os accionistas e a equipa Inspira querem actuar como cidadãos responsáveis, que para além de fazerem negócio com a finalidade de ganhar dinheiro e aumentar o valor das acções, têm também em conta componentes importantes como a sustentabilidade ambiental e social, juntamente com a “pegada humana” da força de trabalho.


 


IM: Nos últimos tempos o sector hoteleiro tem-se reforçado com a oferta de SPA. De que forma vai o Inspira diferenciar-se neste segmento de mercado?


DF: É minha opinião que spas tornaram-se uma mais-valia, um extra no segmento de luxo, pelo menos. Nós concebemos o Hotel Inspira de Sta Marta como um oásis urbano, onde o spa tem um papel importante a desempenhar, com o bem-estar dos seus clientes em mente, onde eles são capazes de relaxar, recarregar, e recuperar a sua energia. Mais uma vez os valores do Inspira são seguidos nestes espaços nomeadamente no alinhamento com os princípios feng shui e respeitando sempre os aspectos ambientais.


 


 


IM: Qual é a estratégia de expansão da marca?


DF: O primeiro passo é entrar no mercado Português e estabelecermo-nos  como um player e marca sólidos dentro do nicho e segmento que definimos. Uma vez que tivermos isso feito e que sejamos reconhecidos em ambos os segmentos de 3 e 4 estrelas, queremos expandir para outros destinos e em primeiro lugar em Espanha.


 


IM: De que forma os dois projectos hoteleiros anunciados se enquadram nessa estratégia de expansão?


DF: Tanto o Inspira Sta Marta Hotel em Lisboa como o Inspira Flores Hotel no Porto desfrutam de localizações premium e são edifícios classificados inseridos num verdadeiro ambiente urbano. A reabilitação dos edifícios contribui para elevar as áreas adjacentes, trazendo assim nova vida a respectiva zona. Acreditamos que ambos os produtos têm a sua própria identidade, reflectindo claramente os valores Inspira e o seu posicionamento diferenciador e bastante atractivo para os clientes.




 


IM: Como pretendem continuar a implementar e expandir a marca e a oferta hoteleira?


DF: Na nossa visão, o processo de lançamento de uma marca nova deve seguir alguns passos. Construir uma cultura holística, com os seus devidos valores (tais como sustentabilidade ambiental, responsabilidade social, aprendizagem de vida, etc.) conformes à nossa definição, não acontece de um momento para o outro, uma vez que é necessário integrá-los nas políticas e processos já existentes. Essa cultura e o seu alinhamento com o núcleo de valores e princípios será contudo fundamental ao crescimento. Em paralelo, com o lançamento da primeira propriedade seremos capazes de testar o nosso produto e obter valiosas informações e reacções da parte dos clientes para fazer os respectivos ajustes. A fase de consolidação é para nós, como já expliquei, um passo crucial, sendo o próximo desenvolver a nossa acção fora de Portugal. Evidentemente avaliamos a todo o momento as oportunidades, mas queremos fazer primeiro muito bem o trabalho de casa para conseguir a melhor ligação produto-serviço e só depois darmos início ao alargamento do portfólio de hotéis. 

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