Em entrevista ao Imagens de Marca, o especialista fala de “três grandes tendências internacionais de mentalidade”. Em primeiro lugar, de acordo com Rhode, podem encontrar-se nas mais diferentes sociedades sinais de “raiva e desconfiança”. “Estamos abalados. A economia foi arruinada por pessoas nas quais nós confiávamos, e que afinal não mereciam tanta confiança, por várias razões. Este é um movimento mundial”, sublinha.

Já num segundo aspecto, Carl Rhode foca o “crescimento do segmento 50+”. Um segmento “com poder de compra, que quer continuar jovem e gastar dinheiro”.

Quanto ao terceiro “grande movimento internacional”, o especialista aponta “uma recessão global, que leva a uma grande mudança de mentalidades” aponta, adiantando que esta recessão traz ainda uma forte alteração “não só para o marketing e comunicação, como para todos os consumidores”.

A “recessão saudável”
Para além de “tendências globais”, Carl Rhode explica ainda o conceito de “recessão saudável”. Malefícios da recessão à parte, o especialista que este é “um período para batalhar mais, para pensar no que é necessário e no que é supérfluo, o que é que pertence ao passado e o que é faz falta para o futuro. E isso é muito saudável”, remata.

Para concluir, Rhode deixa alguns conselhos para melhor comunicar com os diferentes grupos da sociedade actual. Em jeitos de conclusão, o especialista explica que, por um lado, “temos um grupo que diz: estou zangado e quero agora proteger-me”, e por outro lado, “existe um grupo que pensa: a recessão não é uma coisa boa, mas eu vou batalhar até ao topo, porque sairei mais forte”. Para o primeiro grupo, Rhode explica que as palavras-chave para comunicar são precisamente “descontentamento e protecção”, enquanto para o segundo grupo, a chave reside em comunicar conceitos como “vitalidade” e o “trabalho para um mundo melhor”. FR/AB

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