Lançada internacionalmente em 2007, a Mobext chegou este mês a Portugal, que se torna o nono país – depois dos Estados Unidos, Espanha, França, México, Brasil, Argentina, Holanda e Reino Unido – a ter a presença desta empresa especializada em mobile marketing. Com clientes como a Barclays, a Bimbo, a Prisa ou a Nike, esta empresa do grupo Havas quer liderar um negócio que se estima que chegue ao 15 milhões de euros em 2009. Paulo Gaudêncio, director-geral da Mobext Portugal, não tem dúvidas: “Há que semear para depois fazer uma grande colheita!”.
Imagens de Marca: Antes de mais, qual é a oferta da Mobext? Em que áreas do mobile marketing actua?
Paulo Gaudêncio: A Mobext agrega os serviços disponíveis no canal móvel, permitindo conceber com os seus clientes estratégias integradas de Mobile, com implementação chave na mão. Estes serviços podem ser enquadrados em diversas áreas do Mobile Marketing, de que são exemplos o Messaging (Campanhas SMS bidireccionais + SMS Broadcast para acções massivas); o Mobile Advertising (banners em portais moveis, comunidades, sites Wap, portais video, aplicações Java) e a proximidade (Bluetooth, GPS).
IM: Estando já presente em mais oito países, porquê esta aposta agora em Portugal?
PG: A Havas Digital já gerava volume suficiente de negócio no Mobile, por um lado, e por outro foi detectado um grande potencial de crescimento deste canal para 2009 nos nossos clientes, por isso fez todo o sentido a activação da Mobext Portugal.
IM: De que forma está a ser feita a implementação da Mobext no país? Com quantos clientes já conta a empresa em Portugal? Quais os principais?
PG: O serviço mais imediato é o Messaging, seja a programação de acções de SMS bidireccionais ou as campanhas de SMS para a base de dados dos clientes de cada marca. A Mobext herdou todos os clientes que recorriam ao serviço de Messaging ou que já estavam a fazer campanhas de Mobile Advertising nos principais portais móveis. A activação da Mobext disponibilizou recursos exclusivamente alocados ao Mobile Marketing sendo esta fase final do ano de 2008 dedicada à consultoria de Mobile Marketing nos planos estratégicos dos nossos clientes para 2009. Há que semear para depois fazer uma grande colheita!
IM: Quais os objectivos da empresa para Portugal? Que quota de mercado pretende atingir a curto e médio prazo?
PG: A Mobext quer ser líder de mercado no negócio de Mobile Marketing que é estimado em 15 M€ em 2009. No nosso Business Plan para 2009 prevemos um volume de negócios entre 500 mil a um M€.
IM: Na sua opinião como está actualmente o mercado do mobile marketing? Que desafios? Que futuro?
PG: Consideramos que o mercado de Mobile Marketing está em forte expansão e que pelas nossas previsões em 2009 vai continuar a crescer tanto como meio “autónomo” como interligado com outros meios digitais, como a Web.
Temos assistido a um grande crescimento do volume de messaging desde 2007 e agora com o inicio da comercialização de publicidade nos portais moveis e com os dados que os operadores nos têm facultado, temos provas de que o crescimento está a ser mais rápido do que foi a Web.
IM: Que vantagens tem em relação à Internet?
PG: Quer pela inovação quer pelos resultados. O Mobile Advertising permite uma contextualização com grande precisão e devido ao ecran do telemóvel ser reduzido, o nível de publicidade é menor (numa pagina Wap um cliente vê somente um banner de cada vez), permitindo uma melhor exposição da marca. No caso dos operadores móveis com os seus sistemas de CRM analíticos maduros, estamos a caminhar para segmentações nunca antes possíveis, podendo as marcas dirigir ofertas com grande precisão resultando em elevadas taxas de resposta.
IM: E o que podemos esperar do Mobile Advertasing?
PG: Vai crescer diria exponencialmente em 2009 devido a estarem reunidas as condições certas para a “explosão” desta área. Uma vez que já há 76% de terminais compatíveis com WAP (representa um potencial de oito milhões de pessoas), podendo em 2009 chegar aos 90%, mais de dois milhões de pessoas que já navegam regularmente. O meio Mobile permite ainda uma experiência do cliente com grande impacto (vídeo, áudio, Click-to-Action, proximidade, etc.). Por outro lado, as campanhas Mobile Advertising estão com excelentes retornos pois o meio está muito pouco saturado
IM: E o cenário português, é idêntico?
PG: Sim, o mercado português aceita muito bem os novos meios e de forma geral as inovações tecnológicas. O mercado de Mobile Marketing está em forte expansão também em Portugal.
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